Amélie

Entardecer


As recém-chegadas foram recebidas de maneira demasiadamente donaire pelos habitantes de sua estirpe, da mesma maneira pelo qual sabiam que seriam tratadas as mais solenes das mulheres. Estavam voltando para o lugar da qual juraram nem mesmo mencionar pelos longos anos passados após o fátuo episódio, circunstância em que Joan Fontaine afirmara para todos que quisessem ouvir que estava a espera de uma filha. Todavia, sem nunca lhes revelar o homem causador das confusões que atormentariam sua impetuosa existência.

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Joan havia fugido de casa aos dezessete anos de idade, não houvera mantido contato com nenhum dos povoadores de suas vetustas memórias depois daquilo. Mesmo depois de tanto tempo custara a acreditar que ainda habitavam a pequena rua onde encontrara o garoto das madeixas escuras e do sorriso escuso. O menino que havia desbravado galáxias e fora feito de estrelas cadentes ao caírem em algum lugar. Por mais que tentasse não poderia impedir que as memórias viessem-lhe a mente, sempre se lembraria do modo rápido com que partira, como as estrelas não lhe pareceriam mais tão distantes e um melancólico sorriso voltaria a colorir seus lábios rubros depois de tanto tempo. Ela sempre teria um homem estelar a esperar-lhe no céu.