A Mensageira

Dia #11 - Vodka açúcar e fogo


Já serpenteei pelas ruas de Moscou com toda a persistência que me foi possível. Cruzei o caminho de mendigos e vagabundos tarados, burgueses e bacharéis. Jamais encontrei tamanha beleza munida em um só homem quanto a que vejo nos olhos desse rapaz tolhido no chão frio. Me arrependeria eternamente se tivesse acertado seu rosto com os cacos de vidro e restos de vodka.

Estupefata, encarei aquele completo estranho até que acordasse. Quando acordou, pouco pude fazer senão encarar seu olhar de volta. Levantou-se e disse calmamente:

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– O que faz uma moça tão bonita bebendo, a essa hora?

Desmanchei-me como açúcar.