A Mensageira

Dia #29 - Monte Redentor


Chicoteava o alazão para que corresse tão depressa possível. Dimitri estivera a perscutar-me por todo o caminho. Mal me dera conta.

A mensagem revelava a verdade, bem como traçava, ponta a ponta, a desilusão. Dimitri jamais entregara minha mensagem. Queria me entupir de tabaco e transar à noite. Perdoem-me, Deus, e minha mãe, que tanto lutou para ensinar a dignidade de uma mulher que não deixa derreter pela beleza…

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Levando em conta as situação da Rússia, estava deduzível o que aconteceria a seguir... Que o czar não me corte a cabeça.

– Eu não acredito.

– Pois acredite - gritou, evitando cair carro afora - O Consórcio é uma rede de serviços ultrassecretos.

– Infeliz - choraminguei.

Não dissemos uma palavra, eu somente tentava fugir de suas garras.

Chegando a uma curvada sinuosa, no calor do momento, eu lancei meu corpo para dentro da charrete e deixei com que Dimitri apalpasse o nada. O cavalo gritou, e correu. O gelo deslizava, e a neve puxava para o abismo. Nossos corpos foram lançados, pendendo à beirada. Ele puxava meus pés, tentava levar-me consigo. Levada pela instantaneidade desesperadora, puxei da manga a pistola, e com um disparo fui jogada para dentro, e Dimitri, para a morte.