A Mensageira

Dia #25 - A Primeira Hora


Dimitri, além de me leva ao ápice das emoções, era um amor. Não compreendo sua fascinação, senão o que sucede minha imersão nessa vida semi absurda. São incontáveis loucuras, maravilhosas as súplicas, belíssimos os segundos. Ah! Cada segundo é tão especial...

Fiquei esperando na carruagem ele retornar da rua mais fedorenta que já passei por toda a vida. O ar era impregnado por aromas de ervas alucinógenas das mais variadas. Aquele era meu dever. Eu deveria ter entrado, se não fosse por Dimitri, tão cavalheiro. Ofereceu-se em meu lugar e entregar a mensagem. Não. Não me importo se era um teste de confiança. Transamos. Trocamos beijocas. Quer mais confiança que isto?

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Só que ele demorava.

Após uma hora, retornou.

– Não sabe o quanto eu te amo por isso - disse.

– Não há de…

– Não, é sério - percebi que nem ao menos sabia o conteúdo da mensagem - Afinal, o que estava escrito?

– Ah - ele sorriu - Não importa.

E eu acreditei.

Os segundos rodaram lentamente.

– O que acontecerá agora?

– Agora? - repetiu, paternal - Agora você é uma mensageira.

Eu não tinha o que dizer.

– Me dê um instante - parei, e gritei - Cíntia, vai se foder!