Amigo noturno

Décima sétima Noite


E assim Naomi se aproximou mais do monstro, mostrando não mais temer sua aparência e modos lúgubres. Pegando o seu pulso esquelético de pele pálida e seca.

– Feche sua mão agora, menos o dedo mindinho. – Naomi explicou e assim que o monstro o fez, a menina enlaçou seu dedo com o dele. – Agora temos que repetir juntos, ‘’eu juro de dedinho!’’.

E desta forma que um juramento foi feito, entre uma criança e um monstro para ajudarem um ao outro de maneira justa. Foi naquele momento que Naomi se deu conta pela primeira vez, que as cantigas de ninar estavam erradas sobre os monstros.

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– Eu nunca imaginei que monstros podiam ser bonzinhos. – A menina comentou agora sentada ao lado de quem antes tinha tanto medo. – Todos os monstros são como você?

Não.

– Então você é o único que não come crianças?! – Naomi questionou impressionada, imaginando o quão sortuda ela era por ter como monstro um que não seguia os princípios de sua espécie. Princípios estes que ela mesma criara em sua mente.

E todas as pessoas são como você? – O monstro rebateu de volta fazendo a menina refletir.

– Não... – Respondeu Naomi pensativa. – Cada um possui o seu próprio monstro.