Autoextermínio

1 — Maria


Maria ainda tinha a felicidade na ponta da língua quando embrenhou-se em seus dias ruins. Tinha vinte, com um primaveril rostinho de dezessete. Quando lhe perguntavam se estava bem?

"Há uma maldita nuvem negra acima de mim. Você acha que estou bem?"

"Maria, você só precisa sair de casa."

Quando era vitimizada pela tão vazia tentativa das pessoas de diligenciar sua nuvem, perguntava-se se eles, de fato, não imaginavam que o maior desejo de Maria era auferir a liberdade desta. Mas Maria apenas sorria, assentia com a cabeça e dizia que tentaria.

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Maria não cogitou tentativas quando jogou-se da sacada.