A garota desconhecia aquela letra diminuta até então.

“Querida filha,

Se você está lendo esta carta é porque chegou o momento no qual você merece explicações. Talvez lhe falte idade, mas certamente a vida revestiu-lhe de maturidade. Não pude dar-lhe carinho, mas saiba, a amo com todas minhas forças. Tenho certeza que seu avô está cuidando-lhe melhor do que eu faria nos meus melhores dias.

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Minha partida é fruto do meu medo, da minha descrença. Era muito jovem quando engravidei e o que vêm a seguir são comportamentos sórdidos e muitos desacertos. Nunca regressei porque temo machucá-la ainda mais e não suportaria dois erros desse em vida. Um dia talvez, você me entenda e perdoe.

Cuide do seu avô, ele a ama mais que tudo, e com razão: você é incrível.

Mamãe ama vocês.”

A carta dizia muito, e não elucidava nada.

Caminhou pela casa, choramingando, e apenas saiu do transe quando escutou a voz branda de seu avô ecoar pela cozinha.

A garota, aluída, nem ponderou demasiadamente, abraçou-o forte e relatou-lhe tudo. Acabou por confundir palavras e justapor frases inteiras no aperto que a corroía.

— Sophie, você está dizendo...

Ele suspirou.

Silêncio e lágrimas.

— Eu adoraria conhecer a Itália.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.