Sabrina

Aborto


Quatro messes passaram-se desde o primeiro ultrassom. Um dos melhores dias da minha vida. As coisas pareciam ir muito bem, menos a popularidade de Sabrina que caiu consideravelmente depois que o colégio todo comprovou a fofoca quando a barriga dela apareceu.

O ápice desses messes foi quando sugeriram para Sabrina, o aborto. Nunca a vi tão irritada, nervosa e cansada dizendo que nunca poderia pensar em cometer um homizio desses.

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— Você diria-me se não quisesse? — Perguntou cheia de dúvida numa tarde chuvosa de sábado.

— Isso nem se quer passou pela minha cabeça.

E sim, não tinha passado, mas sabia que na dela sim. E não a julgava por isso. Era o corpo dela que sofreria mudanças drásticas durante messes.

Eu não seria julgado por engravidar cedo. Seria chamado de herói, e ela de vadia. Eu, de superpai, ela de “abriu as pernas, agora se vira”. E isso me deixava nauseado.

— Não tem problema se você pensou nisso — tentei melhorar a situação — você sabe que não, não sabe?

— Sim. — Disse colocando seu rosto na curva do meu pescoço.

— Está tudo bem? — Perguntei só para confirmar. Ela parecia distante.

— Tudo, eu só gosto de ficar aqui. — Respondeu me apertando em seus braços.