Sabrina

Vem comigo


Já tínhamos voltado para casa há uma semana, assim como para a escola. Sabrina só falava comigo lá e os pais dela não estavam falando com ela desde que souberam.

"Eles não podem ficar mudos para sempre” dizia à Sabrina, no entanto, ela estava pensando em se mudar para a segunda casa que a família tinha na cidade que estava sem uso.

Na segunda-feira chegou três aulas atrasada no horário do intervalo. Jogou com força seu lanche em cima da mesa, assustando a mim e nossos amigos que não havíamos reparado na presença da garota grávida.

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— Eu não aguento mais! — Apesar de brava e exausta, Sabrina ainda conseguia parecia donaire.

— Sabrina... As coisas vão se ajeitar — disse com cautela — Você vai ficar sozinha naquela casa, e se algo acontecer? Na sua casa, ao menos sua mãe e seu pai estarão lá se algo fugir do controle.

— Nada vai acontecer porque você vem comigo.

Tinha dito aquilo com tanta certeza que ninguém – nem menos eu – ousou a retrucar.

Claro que minha mãe diria que era muito cedo. Mas não me importava. Precisava garantir a segurança da garota de cabelos verdes. E é claro – ainda é estranho afirmar isso – do nosso bebê.