A cidade do Vento.

29. Ventos noturnos


Ela andava na rua mal iluminada em caminho para casa. Normalmente era bem rápido, mas naquela noite decidiu por fazer um caminho diferente.

O vento soprou e seu cabelo tampou-lhe os olhos, como as mãos estavam ocupadas, tentou tirar-lo com os braços, mas em vão, por fim jogou a cabeça de lado e conseguiu o que queria.

Ela reparou na casa que se escondia na penumbra: era velha e estava aos pedaços, isso despertou sua curiosidade e ficou imaginando como ela deveria ser nos tempos de seu auge. "Com certeza, algo a mais que tabuas úmidas, provavelmente colorida e grandiosa".

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Continuou seu trajeto sem se importar muito.

Vinte metros depois, ela parou, sentia-se vigiada. Não olhou para traz, fingiu mexer no cabelo e continuou. Fez da terra uma extensão dos seus sentidos, naquele momento ela podia sentir todo o continente sob seus pés.

Ouviu passos ao seu lado e dessa vez virou, mas nada viu. Desviou seu caminho mais uma vez, era um caso digno de perscrutar.

"Teria sido culpa da casa?"

Caminhou até a ruela onde imaginou que havia se escondido. Era muito escuro, mesmo assim pode ver um sorriso de lua. "Então é você", ela pensou e seguiu-o.