Demoraram alguns meses para que Mirela acordasse. Nunca soube quantos, mas teve certeza que foram muitos quando descobriu que estava no outono; Sua última lembrança - e única - era na primavera. Sabia disso, pois lembrava de seu carro passar por cima das flores na mureta da ponte. Eram orquídeas brancas, por todo lado.
As vezes, um rapaz bonito ia falar com ela no hospital. Era praticamente um monólogo, já que Mirela estava sempre perdida em si mesma. Desde o acidente, tudo que sabia sobre si era seu nome: Mirela.
Sua vida era um borrão, e sua mente, um caos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!