Sufocou-se

Imensidão


Abri os olhos. Um movimento rápido, urgente. Uma tentativa de fuga daquele pesadelo. Mas não fugi, pois me encontrava no mesmo escolho de antes. A única diferença é que qualquer um consegue vê-lo, embora não o façam verdadeiramente. Quer dizer, a praia está tão distante... Quem chegaria até aqui? O pôr do sol é de fato incrível. Talvez alguém apareça... Contudo só seguiria pegadas, com medo de entrar no mar.

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Um sorriso fraco – involuntário; social – veio aos meus lábios. Eu não tinha mais medo. Não tinha mais nada, na verdade. É por isso que as ondas me encantam tanto! Pensei. Naquele momento, eu estava na ponta. No fim. Ele se foi e isso silenciava-me. Por favor, escute meu silêncio. Olhe nos meus olhos. Leia as entrelinhas... Não torne isso em algo janota, porque eu estou morta. Acabou. A última gota doce caiu já com gosto de oceano, pois ninguém encontra a imensidão.

Sufoquei-me. Muito antes de afundar. Muito antes de lembrarem. Era contínuo. Como se tivesse alguma coisa que me impedisse não de respirar, mas de querer respirar. Dei o último passo e caí, sentindo o vento no meu rosto, a liberdade, a felicidade. O suicídio.

Então, fechei os olhos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.