Sufocou-se

Corte na vertical


Olhos fechados de novo e de novo... As ondas batiam com violência, imensamente fortes. Não adiantava reiterar o ato: ele não estava lá! O significado disso era granizo. Corte na horizontal ou na vertical? Essa era a sua voz. A minha voz. A rajada de vento. Queria fugir dela, porém o máximo que fiz foi sentar no chão.

Vai vir um temporal. Ele ria, porque podia se esconder. Mas errou a previsão. Nunca era um temporal. Nunca era temporal. Por isso, deixei de ver além das nuvens e do horizonte... Eu passei a desejar que tudo parasse. Por favor... Tinha escapado dos meus lábios como um apelo mínimo, mas não fazia diferença.

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Ele continuava. A irracional verdade. O sentimento mais profundo, mais vasto. Um trecho de insanidade: eu... O mundo não cabe na sua mão, embora seus olhos sejam buracos negros. Porque você está aqui? Engoliu um universo? Rápido, sucinto, ele cessou e mesmo que eu escutasse repetidas vezes sua voz, eu fiquei sozinha quando a chuva caiu.

E depois dela, não veio o sol. Veio o granizo... E eu ri. Depois de tantas pedras, descobri que preferia me afogar no mar; descobri que a resposta é corte na vertical.