Sufocou-se

Ritmo cíclico


Eu não queria olhar para ele, então eu olhei para o mar. O mar revolto. Ele estava inconstante hoje. Célere em relação a tudo. Em um instante queria transbordar e logo em outro, queria desaparecer. Mas nunca fazia nada; apenas compartilhava seus pensamentos com as nuvens negras do céu – que lhe retribuíam em forma de garoa.

Por isso, se cansava. Os seus maiores sonhos não passavam de pedras que ele mesmo destruía e construía pouco tempo depois. Em um ritmo cíclico como o de suas próprias ondas, que nunca cessavam: nem na maior das calmarias; nem nos dias mais ensolarados.

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