1860

Capítulo XXIV


— Quem é Mary Magdalaine? A lápide diz que ela morreu aos dezessete anos, em 1860. Há tanto tempo... ainda assim eu tenho estes sonhos.

Decidi expor-lhe a respeito da epidemia que devastou o vilarejo. Sobre Mary, que conservava-se resiliente, lutanto contra a enfermidade até o último segundo, e a missão que não pude concluir.

Ela sobressaltou-se no início, porém, nem no instante em que mencionei minha natureza ela desacreditou de minhas palavras. Teus olhos lagrimejaram enquanto eu partilhava minha história.

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O que ela ainda não possuia conhecimento, era de que esta era a nossa história.

Invitei-a para conhecer meu lar pois não seria possível permanecer alí devido à alvorada que aproximava-se.

Encontrá-la fora o melhor acontecimento em muitas décadas. Porém, no instante em que adentrei a casa, desmoreci lamentavelmente. Não era momento para debilitações, precisava desfrutar de tua companhia.

Mas, estava faminto.

Quando despertei, já anoitecera.

Espiei ao redor mas meus olhos não encontraram-a.

Ao sair, deparei-me com pulquérrimos arranjos de flores, que ornavam algumas das inúmeras sepulturas daquele lugar.

— Você está bem, Dimitry? Se sente melhor?

Ela tocou-me no ombro, com um semblante desassossegado.

— Não deverias permanecer tão próxima à um monstro como eu — admoestei-a. — Tens um cheiro delicioso.