1860

Capítulo XXI


O anos passaram-se vagarosamente. O vilarejo — agora uma extensa necrópole — permaneceu postergado pelo mundo cujo encontrava-se sofrendo uma descomunal mutação tecnológica.

Cogitei diversas vezes a idéia de partir. No entanto, o receio de não ser capaz de reprimir meus instintos e meu estado debilitado tolhiam-me.

Quanto à Siegfrield, após eu tanto antepor minha decisão, ele possivelmente absteu-se de persuadir-me. Ou, talvez estivesse viajando mundo afora, almejando equiponderar a monotonia com libertinagem impúdica.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Na profundeza de meu âmago eu compreendia que ele possuia razão. Talvez Mary não retornasse. Caso fizesse-o, não haveria uma maneira efetiva de encontrá-la.

Apanhei o grimório que Siegfrield cedeu-me e li aquela mesma página novamente, como habituei-me a exercer no decorrer das décadas. O feitiço possuia três regras que nem mesmo Srta. Elizabeth, que conjurou-o, deveria reter conhecimento. A moça evitara estudar magia, temendo a perseguição da igreja, que matara teus familiares por este motivo.

De acordo com meus cálculos, era 31 de outubro de 2011.

Dia de Samhain.

O cômico desta data é que é conhecida por o dia do ano em que os mortos visitam teus entes estimados.

Naquela noite, fui visitar o túmulo de Mary como era-me de praxe quando senti um aroma inebriante.