1860
Capítulo XX
Em cinquenta anos, Siegfrield viera duas vezes testemunhar a condição de tua progênie.
A primeira vez para aconselhar-me a sucumbir aos instintos do vampirismo e alimentar-me apropriadamente. A segunda, para reiterar a recomendação.
Ele relatava-me as peripécias do exterior, como a invenção de um artigo nomeado “telégrafo falante” que proporcionava-nos dialogar com outra pessoa à distância.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O sangue de animais mortos não era nutritivo, eu situava-me mais lânguido do que um humano debilitado.
— Não concedi-te a eternidade para desperdiçá-la apodrecendo neste lugar, fedelho. No meu período, quando um pai proferia um conselho ao teu filho, ele acatava-o sem questionar. Desista daquilo.
— Também amaste alguém quando eras humano e... isto veio a ocorrer? Arrepende-se?
Ele permanceu em silêncio por um instante.
— Eu tenho vivido como um vampiro por um significativo período de tempo. Antes deste vilarejo ser fundado, antes mesmo de teus tetravôs nascerem, criança. Verdadeiramente cogitas a possibilidade de haver algum vestígio de humanidade em mim?
— Então, para quê expressas importar-se comigo?
— Porque a eternidade é maçante, monótona... E porque tens potencial para tornar-se como eu. Mesmo que tal existência retorne, expliquei-te como aquele feitiço atua, ela...
Interrompi-o.
— Eu tenho conhecimento disto. Porém, firmei uma promessa, minha escolha permanece inexorável.
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