1860

Capítulo XVIII


Minha retornança ao vilarejo não mostrou-se uma ocasião afável. O que avistei fora uma das cenas mais lúgubres que já testemunhara: a região converteu-se em uma necrópole.

Eu corri incessantemente em direção ao meu lar e não presenciei vestígios de vida durante o trajeto. Apenas corpos humanos vazios, cadáveres, sob à luz do luar.

A epidemia decretou o fim do vilarejo.

Arrombei a porta, despedaçando-a com facilidade. Sentia o cheiro de morte mas negava-me admitir.

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Ascendi as escadas rapidamente, tropeçando pelo trajeto até alcançar o aposento.

Mary estava morta.

Este fora o dia em que eu perdi o primordial em minha vida. Não restava-me nada, Mary se fora para sempre.

— Desculpe-me, Mary... Não pude salvar-te.

Abracei-a, gotejando lágrimas por teus cabelos louros.

Próximo ao teu corpo gélido, econtrava-se uma carta.

Pela caligrafia, era notável o esforço realizado para escrever.

Dimitry, meu amor.

Anseio que estejas vivo.

Recordas-se de que Srta. Elizabeth declarou-nos que tua família possuia conhecimento sobre magia, alquimia? Ela não conseguiu erradicar esta doença, porém encontrou uma forma de preservar minha alma.

Não compreendi ao certo mas há uma chance de retornar para ti, algum dia.

Até este momento, aguarde-me, por favor.

Eu te amo, Dimitry.

Obrigada.

Mary.