Síndrome de Estocolmo

S - Explique-se


Henry desviou seu olhar do meu e suspirou. Eu, sinceramente, precisava admoestar Henry com uma cajadada só. Ele tinha vinte e oito anos e agia como um adolescente. Seguia ordens de um provável "tiozão" cercado de garotas de mini-saia, fumando um cigarro ou cheirando drogas e, vendo pessoas sendo torturadas - talvez eu tivesse uma mente bem psicopata para uma jovem da minha idade. A questão era que eu sabia que as coisas não eram simples, embora fosse muito, muito difícil acreditar. Porém, seria um tanto incrível se ele parasse de ser um bobão e seguisse suas próprias convicções.

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– Ainda não acabou comigo - afirmei, encarando a parede com a tinta descascando. A escuridão ao redor. O local só iluminado por uma janela pequena muitíssimo perto do teto.

Silêncio. Vi de soslaio suas mãos se dobrarem em sinal de nervosismo (eu tinha ficado bastante tempo observando-o).

– Ajudou-me quando eu estava desidratada.

As coisas estavam ficando difíceis. Ele não se mexeu. Contei até dez e completei:

– E me beijou. - Funguei. - Porque tudo isso? Sei que algo em seu plano de merda deu errado mas me diga, porque? Porque simplesmente não acaba com isso, as coisas não ficariam mais fáceis?