A porta do vagão se abriu e Mary, a mãe de Gareth e Alex Dois, foi arremessada para dentro feito um saco de batatas. Gareth murmurava palavras de conforto enquanto o agressor o contradizia na tentativa de acabar com todas e quaisquer esperanças.

A porta se fechou e por um instante só se podia ouvir os soluços de Mary.

— Nós vamos tomar de volta — afirmou Gareth, repentinamente decidido, direcionando o olhar a Alex.

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— Como? — perguntou Alex Dois, descrente.

— Nós vamos — ele reafirmou — Ou você é o açougueiro ou você é o gado.

Alex achou ter visto uma centelha de ódio no olhar de Gareth e naquele momento teve a certeza de que para Gareth, sobreviver não seria o suficiente.

E certamente não foi.

Todos enfim decidiram reagir, e reagiram feito um filme dirigido por Quentin Tarantino. A ligeira aparência janota que o grupo possuía desapareceu em minutos; o sangue jorrava por toda a parte. E eles não se contentavam em matar os agressores — eles queriam esquartejá-los, mutilá-los, e ao fim de tudo, queriam comê-los, como se quisessem sentir o gosto da vingança.

Mas havia outra coisa por trás daquela raiva.

Desesperança.

Ah, a desesperança envolvia muitos “talvez” e “por enquanto”.