Kyoto é um ótimo destino para descansar e relaxar, ainda mais em família. Ela continuava sendo a cidade cultural com sua arquitetura espetacular, tradição japonesa antiga e suas paisagens e cores de tirar o fôlego. Tinha sido uma viagem de trem que valeu cada segundo, principalmente para a jovem Miranda e sua irmã Flora.

Miranda, a mais velha com 16 anos, era uma jovem alta para a idade, com cabelo castanho preso em um rabo de cavalo por uma fita rosa, sem deixar um fio de cabelo solto, e dona de belos orbes verdes. Ela vestia uma regata verde-água sobrepondo uma blusa branca de mangas compridas, mas que deixava os ombros à mostra, um lenço laranja de escoteiro em volta dos ombros, uma saia branca com listras verde-água e laranja na barra, meias brancas com suporte verde-água e botas laranjas com cadarços verde-água, além de usar brincos de rosa.

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Já Flora, a mais nova com 7 anos, também era um pouco alta para a idade, tinha o cabelo castanho escuro ondulado solto e sem franja, e seus olhos eram da cor do chocolate. Ela vestia uma blusa salmão sobreposta por um vestido verde, meias brancas e sapatilhas azuis.

Ambas as irmãs compartilhavam o sobrenome Kino e eram filhas de Lita Kino e Nephrite, sendo Miranda a nova Sailor Jupiter. Escolheram o nome da mais velha por causa de uma personagem da Obra A Tempestade de Shakespeare e o da mais nova foi em uma estufa de jardinagem.

— Sorriam! – Disse Lita batendo a foto com o pau de selfie. – Saiu perfeita. Para onde vamos agora?

— Eu quero ir àquele castelo! – Apontou Flora.

— E eu ir para o mercado Nishiki. – Disse Miranda.

— E naquelas construções!

— E parques!

— E onde tem a cerimônia do chá!

— Quero ver as gueixas!

— Meninas, vocês podem ir com calma? – Perguntou Nephrite. – Deixem o papai respirar um pouco.

— Queremos aproveitar ao máximo antes das suas férias acabarem. Vocês trabalham demais.

— Filha, você sabe nós somos a elite da guarda do castelo e nós cuidamos pessoalmente da guarda do rei e da rainha.

— Eu sei, mas ultimamente vocês estão passando menos tempo em casa e não têm mais tempo de nos treinar.

— Mas Flora não é treinada. Nephrite...

— Eu confesso que andei ensinando a Flora a conversar com as estrelas.

— E agora eu tenho três astrônomos em casa.

— Não se preocupe, mãe. – Disse a mais velha. – Se a faculdade não der certo, já tenho a vaga de cartomante garantida.

— Pelo menos não vai montar um templo dedicado a Antares.

— Também não é assim.

— Você só fala dessa estrela.

— Porque eu sou do signo de Escorpião e Antares, a grande estrela vermelha, é a estrela alfa e a mais importante da constelação de Escorpião e a 16ª estrela mais brilhante do céu noturno. Ela minha regente e minha guia, por isso é normal que eu fale tanto dela.

— Por isso que eu não a deixei ver Cavaleiros do Zodíaco.

— Para ela não decorar o discurso da agulha escarlate do escorpião?

— Exatamente.

— Mãe, podemos ir ao parque? – Perguntou Flora.

— Podemos almoçar primeiro? Está quase na hora do almoço.

— Sim, claro!

Foram a um restaurante qualquer e conversaram enquanto esperavam o almoço. As meninas falavam de seus dias na escola, o que esperavam para o próximo ano letivo e até mesmo dos planos que tinham.

Depois foram ao parque, começar mais uma rodada de visitação. Lita e Nephrite faziam ao máximo para acompanhar as filhas. Nem mesmo todas as batalhas, treinamento e trabalho do mundo conseguiram prepara-los para a energia de Miranda e Flora. Quando terminaram o passeio, eles finalmente voltaram ao hotel, sendo que os adultos arfavam e quase morriam.

— Estou velho demais para isso. – Declarou o pai.

— Papai, estou com fome. – Disse Flora.

— Mas você não acabou de comer?

— Mas isso foi há duas horas!

— Só um minuto, querida, papai está cansado.

— Mamãe!

— Miranda, pode levar a sua irmã para comer?

— Claro! Querem que traga alguma coisa?

— Não, nós vamos descansar um pouco e depois, vemos se comemos algo.

— Está bem.

As duas irmãs saíram para comer em uma pizzaria. Se divertiam muito comendo e rindo juntas, como uma família. Miranda, por ser a mais velha, era motivo de inspiração para a mais nova, por isso era fundamental que ela participasse da vida da irmã. Dava conselhos, ajudava nos deveres, saía com ela... Ser a Nova Sailor Júpiter não queria dizer que ela deveria ser uma irmã ausente.

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Ao saírem da pizzaria, Miranda olhou para o céu. A poluição diminuíra ao longo dos séculos a ponto de ser possível ver as estrelas de novo, mesmo nos grandes centros, o que era ótimo para Nephrite e Miranda. A sailor tinha aprendido a ler as estrelas com o seu pai, aprendera sobre astronomia e astrologia e até mesmo a como buscar respostas nas estrelas, mas naquele momento não conversava com elas, apenas as apreciava. Uma chamou sua atenção.

— Mira?

— Antares brilha de forma anormal. Tem algo errado acontecendo.

— O que?

— Eu não sei, não é aqui. Vamos voltar.

Miranda levou sua irmã com todo cuidado e segurança para o hotel. Bateu na porta do quarto e anunciou sua chegada antes de entrar. Ela sempre o fazia para evitar cenas que poderiam ser traumáticas a uma criança e constrangedoras para um adolescente ou adulto. Se bem que ninguém gostaria pegar os pais em um momento tão íntimo em qualquer idade.

— Pai, tem alguma coisa errada!

— Como assim?

—Antares!

— Eu juro que um dia vou entender essa conversa. – Resmungou a mãe.

Nephrite olhou pela janela do hotel e rapidamente pegou sua bola de cristal para ver do que se tratava.

— É inacreditável!

— O que foi?

— Há ataques em vários pontos do mundo, a maioria no Japão. Nossas tropas conseguem contê-los, mas mesmo assim é estranho.

— Devemos voltar.

— Não é necessário, Lita. O caso não é alarmante, pelo menos não agora.

— Sugere que fiquemos aqui de braços cruzados?!

— Não foi isso que eu disse. Amor, não faça essa cara. Nós não podemos fazer muita coisa agora. São pequenos ataques aleatórios sem autoria. Não sabemos de onde vêm e quem os coordena. O brilho de Antares sugere que o perigo seja futuro. Pode ser que haja um ataque em Kyoto,se for o caso, precisamos ficar aqui e averiguar.

— O que devemos procurar?

— Uma forma de como entrariam aqui, um portal, uma fenda, qualquer coisa.

— Isso quer dizer que a Flora vai ficar aqui no quarto enquanto procuramos? – Perguntou Miranda.

— Sua mãe e eu procuraremos, vocês duas irão tomar cuidado. Se houver possibilidade de abrir qualquer coisa aqui, teremos que eliminá-la e proteger a cidade.

— Falarei com Ami e Rei para ver como estão as coisas por lá e fazer o mesmo. Espero que todos estejam bem.

— Estarão, querida, eles sabem se cuidar. O que me diz de sairmos um pouco? Passear pela cidade e aproveitar a vida como não fazíamos há tempos?

— O mundo em perigo e você me chama para sair?!

— Ou podemos analisar se tem alguma possibilidade de trazer essas coisas horrendas para Kyoto.

Lita concordou e os dois saíram do quarto, deixando as meninas sozinhas.

— E agora, Mira?

— Esperamos.

— Eu não quero voltar para casa, ainda são férias.

— Eu vou conversar com o pai para ficarmos mais um pouco. – Piscou para a irmã. – Ele sempre é razoável.

Conseguira arrancar um sorriso da irmã, agora só faltava conseguir convencer ao pai.

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