Ouvia-se os gritos. Homens, mulheres, crianças. Naves se instalavam no céu. Lâminas se chocavam, faíscas voavam, sombras agitavam-se. Os guerreiros de Pandora tinham atacado. Aquele havia sido o estopim de toda uma guerra.
Donna sentia tudo aquilo, mas não fazia nada.
Estava com Scott no porão.
Gritava e debatia-se contra ele, implorando para que destrancasse a porta e deixasse que ela fosse procurar sua mãe, seus irmãos – pois, mesmo naquele momento, forçava-se a antepor a vida deles à sua própria -, mas ele dizia que ela não podia sair dali, impedia-a de se mover.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ouviram passos acima deles. Scott se preparou para uma luta. Mas o que poderia fazer? Estavam cercados ali.
Ele suspirou. Estivera chorando também.
Então, abriu a porta, até então trancada. Antes que Donna pudesse avançar contra ela, ele passou e a trancou. Ela gritou. Gritava o nome dele. O nome de sua mãe. Pedia ajuda. Batia contra a porta, usava todas as suas forças, mas ela não cedia. Ela fora feita para resistir à quaisquer ataques, claro. Suplicava para que Scott saísse dali, voltasse para ela, deixasse-a ajudá-lo.
– Desculpe... – ele sussurrou.
Ele foi embora.
Como Bobby, abandonou-a.
E, durante todo o combate, ela continuou ali, sozinha.
Fale com o autor