Eu gosto de você... acho

Terça-feira, nunca estive tão ansioso, quase atropelo dona Silvia na saída, ela bem que tentou me reiterar dos avisos da diretora sobre a minha displicência, mas não funcionou, afinal eu tinha um encontro com Alina, UM ENCONTRO COM ALINA!

Encontro, há uma semana quando ela usou essa palavra, eu tinha surtado, mas ela estava certa, e hoje nós teríamos o segundo.

Esperar dar o horário foi uma tortura.

Dirigi até a casa abandonada e entrei sem titubear, ela já estava lá, tão linda como em todas as outras vezes.

– Eu sabia que você viria!

– Você parece sempre saber de tudo.

– Você é que não sabe fingir.

– Verdade... hum e então? Eu estou aqui.

– Isso significa que você gostou do beijo.

Ela precisa parar de ser tão direta assim.

– É... acho...

E eu preciso parar de agir como um adolescente.

– Então... você pensou em tudo que eu te disse?

– Sim.

Por que diabos eu estava tão travado?

– E?

– Bem... eu gosto de você, eu acho... não sei, você é minha aluna, não te conheço bem e, não sei o que acontece, isso é loucura né? Quer dizer, sou professor e é eu gosto de você também!

Droga.

A cagada estava completa.