La Donaire

Não entendia qual era a necessidade de tantos bailes de debutantes, tinham tantas mulheres assim disponíveis para serem desposadas? Ao menos inovaram um pouco neste baile e fizeram-no de máscaras, um pouco de liberdade para ele, já que as moças não podiam ver sua face que já causavam um rebuliço...

Adentrou no salão a passos lentos, a mesma formalidade e o mesmo circulo de pessoas e famílias dos outros bailes. Já estava prestes a ignorar a noblesse oblige quando a notou, caminhando para fora do salão. Os movimentos eram leves e lentos, silenciosos, comparados aos das outras moças que rodopiavam descuidadamente pelo lugar em busca de maridos nobres e que só acrescentariam mais honra aos seus nomes.

Mas todos logo eram meros vultos pois, Dotada de um donaire nunca antes visto por ele, lá estava sua nova Julieta.

Acompanhou-a com os olhos curiosos até o exterior do local, acompanhando-a em seguida. Só então se perguntou se ela seria uma debutante ou uma lady mais velha, se seria uma mulher que ele pudesse possuir ou se teria de apenas conviver com uma paixão impossível.

Lá estava ela sorrindo, um sorriso indomável que o laçou no mesmo instante.

Decidiu: nada mais importava.