– Você não solta que me ama no meio de uma discussão e vai embora. – Ela aparatou no meu apartamento dois dias depois, eu tinha acabado de sair do banho e tinha uma toalha enrolada em minha cintura. – Isso não é uma comédia romântica em que você usa amor no meio de uma frase para dar ênfase.

Há uns dez anos, após minha primeira decepção amorosa, mamãe tentou me admoestar a partir de suas próprias experiências: vivia me dizendo que eu o tipo de pessoa que se dá de presente aos outros, de corpo inteiro e, por isso, terminaria sozinho. Acredito que esse tenha sido o problema: aquele era o primeiro obstáculo e eu tive medo que ela pulasse fora.

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– Eu posso fazer isso também. – Disse, com as mãos na cintura e voz firme. – Você não sabe o que é amar um cara alheio a sua cultura e considerar realmente largar tudo e desafiar meus pais por causa dele. Depois de um mês de namoro. Após estar saindo com ele por quase dois meses. Quer saber porque eu não falei nada? Porque isso é assustador.

– Não quero que desista de nada. – Segurei suas mãos.

Me beijou, dizendo que me amava novamente.