– Você não vai subir? – Me perguntou, com os olhos convidativos.

Ela tem essa mania sedutora de me mostrar um sorriso bonito, morder os lábios e tirar uma mecha de cabelo da frente dos olhos. Eu cairia nisso, iria até seu quarto e não sairia até o amanhecer se não estivesse tão aborrecido.

Diriam que é bobeira, porém eu tinha esperanças de que a família dela gostasse pelo menos um pouco de mim, pois estou imensuravelmente apaixonado por ela, mesmo que essas palavras jamais tenham saído de minha boca. Me sinto um zumbi de olhos lúgubres e vestimentas pavorosas nunca obstante em fazer o que ela desejasse.

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Eu queria que sua família me visse como via Kabir: genro ideal e futuro marido de Padma. Sabia que Kabir fora prometido a Parvati? O pai dela fez questão de repetir.

– Está chateado por causa do jantar. – Levou as unhas aos dentes. – Eu juro que queria ter dito algo...

– Naturalmente. É sempre legal quando a mulher que você ama não tem coragem de defender seu relacionamento. – Meu tom de voz estava mais ríspido do que eu gostaria. – Enfim, não vou subir.

Coloquei as mãos nos bolsos, deixando-a na frente de seu prédio.

Indo embora.