Perscrutar

Newt não podia acreditar no que estava fazendo.

Certo, quando falou à sua família que tinha um namorado e não precisava mais de tias apresentando-o a “amigas”, sentiu-se satisfeito.

Porém, bastou desligar o telefone para lembrar-se da realidade. Uma realidade onde não tinha um namorado para levar à festa da família, e nem tinha para quem pedir.

Foi aí que Minho, ao ver o ataque do seu colega de quarto, comentou que tinha um amigo que não se importaria de ser seu namorado por um final de semana.

Aceitou se encontrar com o garoto.

Porém, as coisas eram constrangedoras.

Os dois estavam em uma cafeteria, e o nome do seu “namorado” era Thomas. Ele parecia estar assustado, e mesmo sendo compreensível, não deixava de ser chato. Eram namorados. Ninguém acreditaria nisso se continuassem assim.

“Bem, já te dei meu número. Podemos falar sobre detalhes depois.” Falou, se levantando.

O moreno pareceu perdido.

“Espere” Thomas chamou. “Não vai me falar mais nada?”

“Obrigado?” Respondeu.

“Você não vai me fazer outras perguntas? Tentar me conhecer?”

“Eu não sou um detetive para te perscrutar. Tchau.”

Levantou-se da mesa, e nem sequer olhou para o garoto antes de sair.

Aquilo seria terrível.