Ele é um Príncipe?
Um pouco estranha
É tangível a tensão no ar. Eu sei que a Murta sempre foi muito curiosa, ela me contou em um das nossas tardes de lamentação. Enquanto seguro o papel em minhas mãos percebo que ela tenta roer as unhas inexistentes.
— Não vai abrir? – Murta me questiona.
Meus amigos acham estranho eu tratar a fantasma chorona tão bem, mas qual é o problema? Acho que ela precisa de amigos. Todos precisamos. Mesmo que às vezes eles desapareçam.
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Desdobro o papel lentamente. No primeiro traço já sei que é um pedido de desculpa. Hugo sempre me pede desculpa do mesmo jeito.
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