Sem ponto
Capítulo 2
A rua semota
Ladrilhada e morta
Embora distante
Sempre desemboca
Nos porquês da história
Silêncio preencheu o vazio. Os olhos da garota o fitaram, inexpressivos.
— Isso deveria me ajudar? — questionou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu apenas gosto de poesia— respondeu o homem, sorrindo. — Você gosta de poemas, Júlia?
Ela não falou nada. Aguardou um pouco mais de dez minutos e sem se despedir atravessou a porta. Desceu as escadas. Um carro parado em frente ao prédio buzinou. Júlia entrou e esperou a pergunta, a mesma que sempre lhe faziam.
— Como foi lá dentro, querida? Ocorreu tudo bem? — perguntou a senhora de ar amável e semblante cansado.
— Melhor impossível — mentiu.
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