Vidas ao Vento

Capítulo 26 — Silêncio


Ninguém sabia novamente o que dizer, era a aura de morte visitando o colégio. Quantas vezes já? Ninguém ficaria contando, contar o número de mortos é muito...perturbador.

Morte era algo medonho. Então como reagir quando alguém escolhe esse caminho e o faz com as próprias mãos?

— Suicídio... isso pesa.

Sabiam quem cometera esse...crime? Claro que sabiam. Os porquês não. Nenhuma pessoa estava disposta a perscrutar sobre a morte de um companheiro — talvez porque não fossem. Esse termo foi usado no funeral obrigatório do colégio.

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E mesmo com todos quietos, com a cabeça abaixada, será que muda alguma coisa?

Um bilhete perdido, um caderno rabiscado.

— Conversei com ele uma vez. — Levantou a mão, timidamente, garoto de cachos, com o rosto avermelhado. — Disse-me que o sonho dele era voar e deixar uma marca. Estou feliz que ele tenha conseguido o que queria. — Nesse momento, era possível ver as lágrimas que tentava esconder, mas que começara a cair uma atrás da outra. — Será que ele conseguiu um mínimo de felicidade? Eu... — A emoção era palpável. Alguns de seus colegas já o acompanhavam no choro. — Espero realmente que ele tenha sorrido uma última vez. Tenho certeza que o seu rosto estava lindo.