Vidas ao Vento
Capítulo 22 ― Bilhete
"Oi, tudo bem?
Já parou para pensar em como essa frase é dita tão frequentemente, mas ninguém liga pro significado?
Eu gostaria de responder, mas algo me diz que não devo, que devo exibir um sorriso, porque ninguém entende e liga. Sou mais um aluno sem importância. E esse bilhete também é insignificante. Mas gostaria de antepor meu desabafo. Sempre penso que gostaria de acabar com tudo. Estou exausto e não é frescura. O simples ato de levantar da cama é doloroso. Viver é algo que não sei mais.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Por que estou respirando?
Eu não tenho nada pelo que viver. Eu me odeio, minha família não se importa comigo e não tenho amigos. Não faço nada de importante, nem especial. Não sei desenhar, não sei escrever poemas.
Toda vez que ouço alguém falando de laços, tenho vontade de chorar e espancar a pessoa. Um inocente. Eu tenho medo de mim por causa dessa raiva.
Sei que ninguém tem culpa pelo ser inútil que sou, mas sou egoísta e hipócrita, eu sou humano.
E por favor, não me esqueça. Apenas isso, lembre-se de mim. Eu não quero ser esquecido.''
O garoto amassou o bilhete perdido no chão e jogou na lixeira.
Fale com o autor