Vidas ao Vento

Capítulo 19 ― Velório


― Isso é tão lúgubre.

Sussurrou o garoto de aparelho, quase inaudível, como se estivesse falando consigo mesmo.

As pessoas ao seu redor choravam e ele não reconhecia quase ninguém. O velório fora bem particular pelo desejo da morta, sua amiga.

Seu peito o sufocava. Muito. Tinha esperanças de que tudo não passasse de uma péssima brincadeira e ela voltaria com seu belo coque frouxo.

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Mas sabia que não era assim as coisas.

E derrubou uma lágrima, o gatilho para despertar todas suas emoções. E não importa quantas palavras soubesse, nada poderia definir aquela tristeza enorme que sentia.

E berrou a plenos pulmões. Não importou com as aparências ou os estranhos a lhe olharem. Ele estava fazendo algo irracional pela primeira vez, e pena que fora de uma forma tão dolorosa. Sua mente era preenchida de agoniantes 'porquês?' e não conseguia encontrar respostas.

Ele, o grande inteligente! Como não conseguira perceber que sua amiga estava com uma doença terminal? Como?! A jovem era artista nata, mas saberia ela a arte do teatro?

Oh, era algo que ela nunca tinha contado, talvez por querer fazer surpresa, não saberia e nunca saberia. Ele conheceu a bela e grotesca arte da vida.