Vidas ao Vento
Capítulo 18 ― Inteligência.
―Isso é tão donaire.
Disse a garota de grandes olhos pardos, se referindo ao vestido vitoriano que usava, observando a reação de seu amigo.
― Okay, nessa você me pegou. Isso é mesmo português?
Ela pegou um dicionário da velha cômoda e jogou em direção ao garoto. Visitas em casa agora não eram mais por motivos escolares, e sim, por amizade. Sua mãe até fizera piadinhas sobre namorados, esta que sua filha ignorou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!― Oh, será que perdi minha reputação de grande sábio?
― Se você fosse inteligente pela quantidade de palavras complicadas que diz, seria um prodígio prestes a fazer uma invenção revolucionária. ― Deu de ombros. ― Mas está apenas aqui, olhando roupas da minha bisavó enquanto espera o bolo de cenoura ficar pronto.
― Só porque sou inteligente, não significa que farei coisas inteligentes.
― E bolo de cenoura é bom.
― Com certeza. ― Confirmou sorrindo, mostrando o aparelho.
― Achei que você fosse etnocêntrica.
― É, é o que esperam de alguém que veio de um país com boa reputação. Mas por que eu deveria deixar de comer feijoada só porque meus tataravós preferem chá? ― Brincou. ― Essa é a graça de ser imigrante.
Fale com o autor