Helena é um pouco estranha. Mas há algo que admiro nela: sua felicidade, sempre que a vejo, é tão tangível. Sinto no ar. Sua presença passa uma sensação de tranquilidade. Aquele dia no ônibus, a reconheci do mercado. E agora ela está aqui, no curso. Quase como se as coisas fossem planejadas. “Foi um prazer”, respondo. Escuto baixo, sua voz delicada dizer “O prazer é todo meu”. Ao dar meia volta para inspecionar os outros alunos, quase posso sentir o sorriso de Helena em minhas costas. Porém, ao me virar, ela está mexendo no computador. Talvez eu quisesse seu sorriso.

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