Capítulo 25

Draco nunca poderia ser considerado uma pessoa resiliente, mas, era inegável que agora ele pelo menos sentia-se como uma pessoa e, portanto, portava-se como tal. Sua vida adquirira o status permanente de razoável e, algumas vezes (quando Astoria estava por perto e ria alto, por exemplo) até mesmo feliz.

Se em Hogwarts e nos dois longos anos obscuros posteriores em que ele viveu enclausurado no próprio quarto antes de seus pais intervirem e o mandarem ao St. Mungus Draco fosse incapaz de conjurar um patrono, no dia em que sua casa com Astoria ficou pronta, ele poderia ter manifestado o mais brilhante deles.

Toda a decoração conseguia refletir coisas sobre os dois.

Malfoy nunca tinha pensado muito sobre o conceito de lar, mas parecia apropriado chamar o lugar assim. Ele se sentia confortável como nunca antes e nutria uma grande convicção de que podia passar horas na sua poltrona da sala de estar, apenas observando Greengrass tocar seu piano de cauda.

Não era difícil imaginar um futuro normal com Astoria. Embora uma parte dele julgasse que deveria estar recluso em Azkaban, havia outra cada vez maior que pensava em coisas assustadoras como viagens, casamento e quem sabe até um gato.