Um de Sete

Antes - Pôr do sol


Qual o uso de uma moto que simplesmente não funciona? Tudo o que ele queria era ir para casa almoçar. Ao invés disso estava preso ali com uma moto inútil.

Vilela podia ligar para Júlio ou Carlos, mas o primeiro devia estar de volta ao trabalho e o segundo ocupado com a prima doente.

– Tudo bem? – uma voz suave soou atrás dele.

Vilela olhou, mas não acreditou. Atrás de si, a garota com o pôr do sol nos cabelos.

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E era tão bonita quanto se lembrava.

– Não quer funcionar…

–Talvez eu possa te ajudar.

E ela realmente ajudou.

Ela dirigia uma caminhonete e colocou a moto dele na carroceria, e ele a seguiu para dentro da cabine.

– Não se preocupe. – Ela disse com um sorriso no rosto sardento. – Eu conheço um mecânico.

Eles conversaram o tempo todo. Descobriram hobbies em comum, riram juntos.

No fim, quando ela o deixou em casa, era como se já se conhecessem pela eternidade.

Mais tarde, quando Rita ligou para perguntar onde ele tinha se metido que não fora visitar Glorinha, ele contou a verdade. E não deu ouvido quando ela tentou lhe admoestar sobre o fato de que a garota era uma perfeita desconhecida.