Não sei, sou de exatas
Pesquisa acadêmica
Os castanhos dos seus olhos me encaram com divertimento.
– Ela canta bem, sim – você afirma, num tom de quem faz força para não rir. Não o levo a mal.
Como poderia? Não me importaria se você risse. Imediatamente, sinto falta do som dessa risada que desconheço.
– Qual seu nome? – pergunto.
Você franze o cenho, mas parece se divertir com meu jeito desastroso.
– Nunca fuçou no meu facebook? – pergunta com estranhamento, o que me causa risos. Então é isso que você pensa de mim, sou um maldito stalker.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não... Mas só porque não sei seu nome – admito, porque você tem toda razão. Se soubesse já teria decorado todas suas postagens.
Não seria stalkear, seria uma pesquisa acadêmica.
– Samuel – você responde e assume uma expressão estranha, fechada. Até a sua voz havia mudado.
Eu deveria me felicitar por descobri-lo, mas os castanhos assumiram tonalidades lúgubres. Não consigo ficar feliz. Pergunto-me o porquê de você parecer odiar tanto seu nome.
Você suspira, estala a língua e me devolve a pergunta. Eu te respondo, você sorri.
Então você faz algo que eu não esperava, nem nos meus mais loucos sonhos. Aproxima-se de mim, inclina o corpo e sussurra:
– Quer ir a outro lugar, Mateus?
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