"Meu Deus, perdoa-me!"

A figura na cruz não amenizou sua dor, pois a do Cristo foi maior. Dean baixou os olhos envergonhado. Ele não deveria estar ali, ajoelhado num templo religioso, esperando intervenção divina. Deus havia desistido há muito da humanidade, e as legiões de anjos restantes não passavam de canalhas, carrascos e bufões sedentos de sangue, sem um pingo de compaixão pelos seres humanos.

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A quem ele queria enganar? Ele acreditava em Deus. Acreditava na existência de um ser supremo, sabedor de todas as coisas, onisciente e onipotente, que cuidava dos bonzinhos e punia os malvados. Dean chorou silenciosamente para logo depois começar um riso nervoso, até que ele se acalmou e ficou apático.

"Espero que ao menos você, Cas, possa me ajudar, porque eu estou sozinho aqui, e não há ninguém que possa me ajudar."

Ele olhou para o Cristo na cruz e sorriu tristemente, então saiu do templo e foi para o Impala, de volta ao bunker, onde Sam o esperava. Na verdade apenas uma pálida lembrança de quem foi seu irmão.

"Espero que um dia me perdoe, Sammy, pois homizio um anjo caído em seu corpo, na esperança de não te perder para a morte."