Era como se ele implorasse: Não me deixe aqui sozinho!

Respirei profundamente e soltei o ar. O que eu estava pensando? Eu tinha tantas chances de sobrevivência quanto ele, e ele ainda estava machucado. Eu não podia deixá-lo ali, ele não duraria duas horas! E se o felino ainda estivesse por perto?

A minha vida toda eu estive cercado de homens ricos, e embora eu nunca tivesse sido um janota, eu possuía algo precioso, que muitos daqueles homens não tinham: Um coração nobre. Era parte de mim e eu não podia negar.

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Então eu olhei para trás e voltei, tomando o macaquinho em meus braços.

Venha. Se tivermos de morrer, morreremos juntos.

Coloquei-o no bote e peguei um remo que estava ali enterrado na areia. Continuei empurrando, até certa distância e entrei, remando devagar até perder a ilha de vista. Estávamos a mercê de Deus. Ele sabia o que faria.

Ali, caros amigos, aprendi uma grande lição de fé. Aprendi o sentido de confiança. O pequenino confiou em mim, e eu confiei no Pai. Ele sabia exatamente o que faria, mesmo estando em alto-mar, sem água e comida, eu sabia que ele olhava por mim, e para o meu companheirinho.