Um dia naquela ilha era como mil anos. E eu estava ali, condenado. Me sentia pior que algum homem que houvera cometido um homizio. E eu o que fiz? Apenas requeri algo que me pertencia. Aquela moeda era minha, eu havia trabalhado a manhã inteira para conseguir aquela moeda de ouro. Talvez possa ser egoísmo de minha parte, mas não era justo eu estar ali por conta de algo que não cometi.

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Aquela moeda era fruto de meu trabalho. O ofício que meu pai com tanto custo ensinou a mim e aos meus irmãos. O ofício que ele levou a vida toda ministrando para que nunca nos faltasse comida. E agora eu estava só, sem ao menos saber se meu pai ainda estava vivo, minha mãe, meus irmãos… Todos ficaram para trás. Será que um dia eu ainda os veria, em vida? Eu tinha medo de pensar em uma resposta negativa. Desde a infância meu pai me ensinara a confiar em Deus e em seus desígnios, excepcionalmente.

Ele havia cuidado de mim até ali, eu não esmoreceria justamente agora. Tomei o macaquinho em meus braços o colocando novamente sobre os ombros e retomei a caminhada, agora com um destino incerto.