Os gemidos lúgubres do macaquinho havia cessado. Abri meus olhos devagar, respirando ofegante. O felino assustado arranhava meus braços, tentando desesperadamente fugir. Talvez não fosse comum encontrar humanos naquele lugar, provavelmente se alguém realmente esteve ali antes de mim, não chegou vivo àquela parte da mata.

Soltei o felino que correu disparadamente para outra direção. Balancei minha cabeça, talvez eu tenha interferido na ordem natural das coisas, mas não podia deixar aquele pequeno ser morrer na minha frente.

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Levantei-me e me aproximei da árvore. Ele tremia de medo.

Ei, amiguinho… Você está bem? Eu não vou te machucar, certo…

Ele deu mais um pequeno grito enquanto eu o tomava em minhas mãos.

Acalme-se, eu não sou um inimigo…

Eu o acariciei e o coloquei junto ao meu peito.

Você deve estar bem longe de casa, não é? Certo amiguinho, eu o entendo…

Caros amigos, vejam só, a vida é tão surpreendente, não acham? Numa hora você é um criminoso, noutra, você se torna um herói oculto. Ninguém jamais soube o que aconteceu ali atrás das árvores, mas eu estava feliz. Havia salvo uma vida, e acima de tudo, eu não estava mais sozinho. Eu cuidaria dele durante o tempo que ainda tivéssemos.