Honour

Perspectivas


Blaise era, em muitos aspectos, parecido consigo. Ambos possuíam elegância, graça; um certo donaire, mesmo com a postura arrogante e superior. Zabini poderia ser reservado, mas era mais observador do que transparecia.

Mas Blaise não entendia. Mesmo que tivessem forçadamente torturado crianças, Blaise tentou passar desapercebido, enquanto Draco recebia mais atenção do que gostaria. Blaise não compreendia, porque não havia comensais na sua família. Ele não era próximo nem a mãe, não tinha nada a perder além da própria vida, ao contrário de Draco. Blaise tinha uma rota de fuga na Itália e ninguém notaria sua falta. Draco se ressentia por isso, pois era obrigado a ficar naquela distopia.

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O Lord estivera, afinal, hospedado na sua casa – ninguém nunca iria entender quão sufocado Draco se sentiu, sem conseguir respirar com aquela criatura presente.

Enquanto repetia não conseguirei, não conseguirei, não conseguirei para Blaise na sua casa italiana, Draco implorou para que ele entendesse porque não poderia voltar, porque ele estava tão apavorado. Não aguentava mais, havia visto e feito demais; se pudessem fugiria de si mesmo.

Mas Blaise não entendia.

Então, mesmo sem conseguir livrar-se do pânico e da apreensão, juntou suas coisas e se preparou para cuidar dos mortos.