— Eu e minhas crises existenciais — a voz cínica ecoou pelo telefone.

— São diárias? — Ele respondeu.

— Basicamente — suspirou.

— Dizem que ajuda no fluxo de ideias. Isso é preocupante. Seu prédio é alto o suficiente?

— O suficiente para bater a cabeça e morrer, se você tiver sorte — ela analisou com cautela.

— Você tem?

— Veremos se eu tenho — se foi.

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— Como eu saberei se teve? — Brincou.

—...

— Alô?

—...

— Você está aí?

Fim de ligação.

Acorda, se liga na tomada, observa a realidade semota, voa até o espaço sideral, abre o jornal.

MENINA. MORTA. SUICIDA.

Ele fechou o jornal.

HOMEM. MORTO. CULPOSO.

Culpe a morte.