Palavras

Lúgubres.


Lúgubres.

Você apareceu na minha casa depois do noivado, já era tarde e estava tão bêbado. Chorava, não falava coisa com coisa, parecia desesperado, completamente aflito.

Dizia que queria desaparecer, que odiava Luciana e nunca conseguiria amá-la como me amou. Aquilo fez com que eu chorasse também, mas já me encontrava tão farto de ser agredido por falsas esperanças.

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Pedi que fosse embora e você disse:

Eu te amo Bernardo, por favor fica comigo, por favor.

Então te abracei, te beijei e chorei junto contigo.

Você não era o único desesperado, eu também estava assim. Não por mim, mas por medo que pudesse acontecer contigo.

Aceitei ir com você no carro do seu pai, que nunca deveria estar dirigindo, mas não tínhamos um lugar para ir. Afinal, todos pareciam lúgubres, como se o mundo estivesse morrendo e estivéssemos em um grande momento fúnebre.

Nem mesmo te ter ali ao meu lado me dava esperança, olhar em seus olhos só me dava a sensação de tristeza e amargura. Eu queria poder te tirar da minha vida, mas não queria te ver mal.

Dirigi até sua casa, você estava alterado, precisava descansar um pouco. Foi um grande erro ir até lá, lembra-se?