Proesiando

Pena


Feira cultural. Um fluxo constante de pessoas, sotaques e culturas. Adultos, adolescentes, crianças, corpos discentes e docentes em excursão.

No palco, uma palestrante se fazia ouvir naquele mar de vozes. Um discurso aclamado pelos pais, repudiado pelos jovens.

“As meninas não têm que namorar nessa idade, têm é que estudar.”

A frase desceu à seco, com gosto de ferro fundido. Já não era questão de estudo versus paixões joviais. Era o machismo tangível que me espancou.

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Bateu também naquela garota da primeira fila, cujo olhar encontrei pelo ar.

Fizemos uma careta juntas.

Escolhi minha arma para a luta.

A pena.