A ideia

“Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se movem para a frente; podem ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso.” Johann Goethe

Após concluírem o caso, a equipe já estava no avião de volta para casa, esse caso havia sido bastante desgastante, principalmente para Emily e Aaron, percebendo isso Rossi começou a sua jogada “Jantar na minha casa hoje, estão todos convocados” toda a equipe o olhou satisfeita, talvez Hotch e Emily não, mas ele daria um jeito. “Emily pode levar alguém” ele disse sugerindo inocentemente, mas ele temia que ela não fosse, então decidiu dar um incentivo a mais “E Hotch leve Emma, faz muito tempo que não vejo a pestinha” na menção do nome da garota, ele viu o olhar de Emily mudar, mas claro para manter o jogo ele tinha que se manter neutro.

Mal aterrissaram e Hotch logo a puxou para um canto, claro, tomando o cuidado para que ninguém os visse “Você vai?” Ela sabia o que isso implicava, ela não poderia levar Ally, a equipe não poderia vê-la, caso isso acontecesse logo as perguntas começariam “Eu deveria me enturmar com a equipe” foi o que ela disse, mas antes de sair ela disse “Não se preocupe, eu vou dar um jeito” E de fato foi o que aconteceu.

Ally estava na casa da avó, Emma tinha ido embora, dizendo que sua babá achava que ela ainda estava na biblioteca, foi então que sua avó recebeu uma ligação. Quando ela desligou o telefone ela disse “Sua mãe chegou e está indo direto para casa, ela me pediu para ficar com você essa noite. Então ao menos que você queira contar a ela que veio para minha casa sem a autorização dela e ainda por cima com sua irmã, aconselho a você entrar no carro agora” Sua vó parecia séria e isso só fez um sorriso imenso aparecer em seu rosto. Sua avó realmente séria cumplice delas, nessa missão. “Phil, leve Ally para a casa dela imediatamente” sua avó disse saindo.

A essa altura Emma tinha acabado de chegar em casa. “Onde você estava mocinha?” Jessica a encarava furiosa, se aquele olhar matasse, Emma teria a certeza de já ter morrido “Ora, na biblioteca Jess” a mesma a encarou “Eu fui na biblioteca e fui notificada que você saiu mais cedo, o que por sinal implica um acréscimo de dois dias na sua pena. Então você vai me contar o que estava fazendo ou você prefere esperar seu pai chegar?” A garota pensou rápido, o que seria pior? Então escolheu a alternativa com menos danos colaterais “Eu fui fazer uma visita a embaixadora Prentiss” Se era possível Jessica ficar mais pálida do que ela já era, ela ficou. Foi então que ela soube, todo esse tempo Jess sabia da verdade, mas tentou inutilmente negar “O que você foi fazer na casa de uma embaixadora?” Emma deu de ombros “É sempre bom conhecer a família você não acha Jess?” E saiu, como ela previu Jéssica veio atrás dela com perguntas de como, quando, onde. Ela apenas disse “Eu encontrei minha irmã recentemente, mas por favor não conte nada ao meu pai, nós temos um plano, então Jéssica Brokes poderia me ajudar nessa missão?” Ela deu o seu melhor olhar de cachorrinho pidão, e Jéssica não poderia negar “Desde que isso não vá muito longe” a garota sorriu e abraçou a babá “Obrigada, é por isso que eu te amo!”

Quando Emily chegou em casa, ela quase teve um taquicardíaco. “O que você fez com seu cabelo!?” ela disse ao ver sua filha com os cabelos cortados na altura dos ombros “Pensei em corta-los um pouco, estamos em um lugar novo e aparentemente os cabelos compridos não estão tão na moda como na Europa” Ela observou a filha atentamente, era claro que era Alicia, mas com os cabelos curtos ela parecia ainda mais com Emma, se é que isso é possível. “Você não deveria ter me consultado sobre isso?” Ela perguntou, até mesmo ofendida, pelo fato da filha não ter pedido permissão. É assim que crianças começam a ficar rebeldes, e ela sabe por experiência própria. “Eu não vi problema, achei que a senhora também não. Afinal é só cabelo e o da senhora também é curto” Perfeito! Ela tinha conseguido um argumento plausível, talvez ela devesse ligar para sua mãe e cancelar o pedido de ficar com ela, pois, aparentemente Alicia estava aprendendo os dons da política.

Aaron, assim como os demais membros da equipe estavam na casa de Dave. Claro, ele levou Emma, mas Emily ainda não havia chegado. E ele temia as surpresas dessa noite, finalmente a campainha tocou, felizmente Emily havia vindo sozinha. Ela cumprimentou a todos e ele a apresentou a Emma, o que não deixava de ser irônico. “Emma, essa é Emily Prentiss a nova agente” ele teve que se segurar para não dizer sua mãe, Emma sorriu instantaneamente na menção do sobrenome, isso só poderia significar uma coisa. Ela disse “Oi” “Prentiss, essa é Emma minha filha” nossa, ele se corrigiu mentalmente, Emily disse “Olá” educadamente, ele se perguntava como ela podia ser tão boa atriz. “Me desculpe ser inconveniente, mas e sua mãe?” Ela perguntou para Emma, e ele a fuzilou com o olhar, mas ela fez de conta que não viu, Emma sorriu “Eu também gostaria de saber senhorita Prentiss. Agora se me der licença tenho que dizer a Reid a probabilidade da última guerra ter sido obra de aliens” e ela saiu. Emily olhou para Aaron e franziu a testa “Coisa de nerd, embora eu não vejo a necessidade de você perguntar sobre a mãe dela” ele terminou sério e Emily sorriu, agora ele sabe de quem Emma herdou os genes de ser tão irritante “Tenho que manter as aparências Aaron” ela sorriu e saiu.

Ally chegou na casa da avó, a embaixadora quase teve um ataque do coração quando viu o novo visual da neta. “Por favor não me diga que vocês estão pensando...” Ally se manteve séria “Logico que não vovó, eu apenas quis mudar de visual” A embaixadora a encarou, Alicia se perguntou como alguém poderia desobedecer a mulher, que parecia poder arrancar um coração só com os olhos “Isso é uma ideia completamente absurda” Ally sorriu “Mas essas são as melhores”.

“Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.”

Albert Einstein