Le Petit Prince

Naquele tempo.


Le Petit Prince

Pense, eles me disseram. Não pense, ele me disse.

“Por quê?” eu ousei perguntar.

“Porque se você ficar pensando demais, vai se esquecer de sentir” ele respondeu, um pouco mais rápido do que o normal. “Vai fechar seus olhos para as coisas que são belas de verdade.”

O problema é que eu já sabia o que era belo para mim e, sinceramente, acho ando pensando demais, porque não consigo achar nada mais belo do que isso.

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Nada mais belo do que ele.

Ele, Louis Courtney. Eu, Oliver More. Nós, alunos do colegial.

No mínimo, era isso que estávamos fingindo ser naquele ano de 1994, já que nenhum de nós dois pertencíamos àquela escola. Quero dizer, eu nunca fui nada além do esquisito alto demais, que nunca poderia sentar na frente por atrapalhar os demais alunos a enxergarem o quadro. E eu só estava ali porque... Bom, porque algum dia, disseram-me para fazê-lo. E eu o fiz, até então. Já Louis estava naquela escola porque ele queria estar. Foi a vontade dele, apenas dele, que ele respeitou ao realizar.

Essa era a maior diferença entre nós: Louis fazia as coisas que queria fazer, sempre, e eu apenas obedecia ao que me era dito.

Tudo bem, obedecer é uma palavra ruim. Digamos que eu apenas escutava a vontade das outras pessoas com muita atenção. Uma vez, Louis me perguntou se eu tinha meus próprios desejos, o meu próprio querer. Eu não soube responder com palavras, e meu silêncio foi o suficiente para ele saber que sim, eu tinha meus próprios desejos; só não os ouvia. O som da minha voz nunca era mais alto do que a voz das outras pessoas.

Courtney nunca me disse para parar de escutá-las – acho que ele esperava, um dia desses, ver que eu sou capaz de fazer isso sozinho.

Estas poucas páginas que escrevo sobre meu primeiro encontro com Louis Courtney é uma pequena prova de que eu aprendi a ouvir minha voz, pela primeira vez.

Ele chegara a minha sala no verão daquele julho, cheio de sorrisos e manias. Eu não prestei atenção em suas primeiras palavras, mas, pelo contexto bambo, consegui entender pelo final que Louis não ficaria por muitos dias. Ele era um tipo de intercambista.

E ele veio com seu monte de vontades, seus ombros carregando o peso dos estudos: sentou-se ao meu lado e desenhou um sorriso como cumprimento.

Nós não conversamos.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, e hoje eu me pergunto como ele conseguiu manter suas ideias mirabolantes presas consigo mesmo durante toda a aula.

Durante o intervalo, os alunos saíram para comprar seus lanches e sentar com seus grupos de amigos. E não é como se eu não tivesse amigos, ou grupos, ou lanches para comprar – acontece que, naquele dia em especial, eu queria ficar em um lugar afastado de todas as pessoas.

Saí andando pela escola a procura de um lugar longe de tudo e todos, para recuperar um pouco da noite mal dormida. Um lugar onde eu teria a sombra de uma árvore, não das nuvens sempre presentes ou da cobertura escolar. Um lugar onde a solidão iria abraçar minha alma e me deixar em paz para o tão desejado cochilo, não empurrar-me em um poço, deixando-me estranho por estar sozinho no meio de tantas pessoas.

Um lugar como o que havia atrás da quadra. Um lugar como aquele que Louis estava.

Um lugar como aquele que eu teria como preferido desde então.

Ao vê-lo ali, com o rosto tão sereno e calmo, automaticamente meu corpo se virou para procurar outra sombra.

Não vá embora, ele disse.

E eu não fui.

Eu fiquei e me perdi nas diversas tonalidades de seus olhos castanhos, antes de perguntar o meu primeiro porquê. Louis sorriu, e demorou a responder.

“Porque eu estou indo embora.” Ele anunciou.

Bateu de leve sua mão no gramado, convidando-me para sentar ao seu lado. Seu rosto bonito e seu sotaque francês me convencendo a ficar mais tempo, mais perto. Fiquei esperando ele ir embora, com o tempo do intervalo se passando junto de uma conversa sem interesses.

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No fim, Louis não foi embora. Muito menos eu.

A partir desse dia, nós nos tornamos amigos. Não me lembro de todas as nossas conversas ou os seus assuntos; existiram muitos diálogos. Uns, poucos, eram bem filosóficos. Alguns, sobre a escola. Na maioria, eu me afortunava com suas risadas alegres, rotineiras. E eu não sei dizer exatamente qual foi a ordem dos acontecimentos, se é que realmente existiu algo parecido com um cronograma – mas eu sabia que em algum ponto dessas conversas, Louis havia me cativado. E eu havia me apaixonado e, provavelmente, amado-o.

Porque desde então, Louis Courtney vem tornando minha vida um poço fundo, que eu deveria subir com minhas próprias mãos, não deixar-me cair dia após dia.

A única certeza que eu tinha sobre nosso estranho relacionamento era que, em todo aquele país, eu era a pessoa que mais o conhecia. Nascido na Bélgica de pais separados, Louis tinha os olhos mais bonitos que eu já ousei ver em toda minha vida. Eu me afoguei, manhã após manhã, nos significados diversos dos castanhos de seus olhos e no seu falar divertido. Ele falava francês e inglês fluente, e às vezes gostava de fazer trocadilhos na sua língua materna que só ele mesmo compreendia, e depois ria, sozinho. Ele detestava usar muitas peças de roupa e tinha uma paixão exagerada por cigarro branco.

No entanto, tudo o que sei sobre Courtney eu descobri sozinho. Nunca existira um diálogo em que contássemos coisas um do outro, porém, nós nos descobríamos. Não sei dizer ao certo se isso me fez gostar ainda mais dele, ou a calorosa sensação sobre essa característica boba dos nossos dias juntos era apenas saudades. Também não sei afirmar (e talvez eu nunca o faça) se ele gostaria de ter me contado tudo o que quisesse, como na maioria das amizades, mas fico contente por ele ter aceitado o nosso convívio.

Ele me aceitou de braços abertos, desde o dia em que chegou e se sentou do meu lado.

Aceitou os meus porquês e se sentiu a vontade para contar as suas respostas.

Acho que em algum ponto desses três meses, Louis também começou a gostar de mim. Talvez, tenha sido quando começamos a fazer dever de casa juntos, indo um na casa do outro; eu sempre o ajudando em exatas, ele puxando minha orelha em humanas, nós dois nos virando nas matérias de biológicas.

Porque em algum ponto, existiu um nós.

E só quando o nós tornou-se palpável que eu fui capaz de entender que logo na nossa primeira conversa, Louis disse que estava indo embora. Ele estava indo embora desde o dia em que chegou, e eu havia aceitado isso em silêncio.

Porque eu o conhecia, e sabia que se ele estava indo, é porque ele gostaria de ir.

Do mesmo modo foi quando Courtney dormiu em minha casa pela primeira vez – ele ficou tímido e minha mãe havia adorado-o.

Minha mãe havia adorado Louis, que tinha a voz tão melodiosa e os olhos doces. Ele, que quando longe da minha mãe fazia piadas sexuais e ria alto depois, como uma criança. Ele, que me mandava não fazer as coisas.

Ele, que era tão lindo. Eu, que era tão eu. Nós, que éramos tão próximos mesmo assim.

Não durma ainda, ele me disse.

E eu não dormi.

Fiquei acordado, olhando para o teto. Às vezes, tentava enxergar o colchão no piso ao lado da minha cama, tentando encontrar um par de olhos grandes.

“Quer conhecer as praias amanhã.” Ele contou, depois de um tempo. Recebi aquilo como um convite. Louis costumava dizer que foi para Inglaterra por que queria conhecer. Ele amava conhecer os lugares e as coisas, e é por isso que ele ainda insistia em aprender física, mesmo indo embora depois de um tempo, onde ele só estudava matérias específicas.

“Qual é a graça de conhecer as coisas em lugares diferentes?” perguntei de uma vez.

“Coisas em lugares diferentes costumam ser divertidamente diferentes.” Ele me disse, paciente.

“Duvido que você conheça tudo em sua cidade” comentei sem pensar, com a voz baixa, tentando não acordar meus pais no quarto ao lado.

"Na minha cidade não tem coisas interessantes, não preciso ficar lá para saber disso" Ele disse, também bem baixo. Imaginei para onde ele estava olhando.

“E o que é que tem de interessante aqui? Você já até fala inglês, não precisa de Londres para nada.” Contestei, virando-me para seu lado.

“Oli, querido, aqui tem mais coisas interessantes do que você pensa.” Ele respondeu, com a voz serena.

Voltei a deitar, em silêncio.

Eu sabia que se eu não perguntasse, ele não iria responder.

Então eu perguntei: O quê?

O que tinha aqui tão interessante assim, e eu não vi?

"Você mesmo é um ótimo exemplo disso."

Naquele dia eu comecei a perceber que talvez, as vozes das minhas vontades haviam se calado há muito tempo. E que, queira ou não, eu havia me esquecido do meu próprio som.

Por esse mesmo motivo, algumas pessoas achavam Louis extremamente arrogante; eu mesmo pensei isso às vezes. Naquela sua primeira noite em minha casa, eu percebi então que talvez fosse bom gostar um pouco de si mesmo, como ele fazia. Não sei dizer se ele gosta de si em excesso ou de alguma forma ruim, como parece ser, porém acho que ainda sou novo nisso.

E eu gostei ainda mais dele por causa disso.

Nesse dia seguinte, fomos para escola depois de tomarmos café lá em casa (minha mãe dando abraços em Louis, dizendo-o para voltar sempre que quisesse, e ele o fez) para passarmos os horários vegetando, antes do intervalo.

Não me ame, ele disse.

E eu o amei; peço desculpas por isso, mas não foi meu maior erro.

Não tive coragem de perguntar o porquê, mas acho que meus olhos disseram algo por mim que eu ainda não sei explicar. Naquele dia seguinte, foi nosso primeiro beijo.

Nosso primeiro beijo foi doce, tinha seu gosto e o meu cheiro. Tinha seu toque, e meu corpo tremeu. Minhas mãos pousaram em sua cintura fina, e seu corpo se oferecia tímido para mim naquele pequeno toque de lábios.

Meu estômago se embrulhou e eu achei que fosse morrer.

Talvez eu realmente fosse – ninguém poderia sentir tantas emoções ao mesmo tempo e ainda assim se sentir tão feliz.

De alguma maneira estranha eu ainda sinto tudo isso até hoje.

Conversamos durante a aula inteira depois disso, e eu fui expulso pela primeira vez.

"Ei, Oli," Ele me chamou. Eu olhei de canto, ainda meio chateado por ter sido expulso. "Qual é o seu maior medo?"

Eu não tinha um maior medo. Só comecei a pensar em mim mesmo depois que Louis apareceu, e eram tantas coisas que eu estava descobrindo que sequer havia pensado em medos.

"De morrer, eu acho" Disse sem pensar, envergonhando-me depois por não ter encontrado nenhuma resposta mais interessante. "E você?"

"Eu? Bom, se você tem medo de morrer, acho que tenho medo de que você morra antes da minha segunda visita a Inglaterra" Ele respondeu.

Meu coração parou por dois segundos. O maior medo de Louis Courtney era não estar aqui quando eu precisasse. Era não estar aqui quando eu estivesse tendo medo, e sem se importar com qual seja ele, Louis queria estar aqui. Não soube bem como responder aquela quantidade imensa de carinho implícito.

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"Qual das duas línguas você gosta mais?" Eu perguntei, depois de alguns minutos em silêncio.

Nós não começamos um relacionamento sério de verdade, por que ele iria embora daqui a algum tempo. Acho que quando somos adolescentes, as datas parecem estar mais longe do que realmente estão.

"Entre francês e inglês?" Ele perguntou, para ter certeza. "Me desculpe império capitalista, eu amo a língua francesa!" Respondeu feliz, seu sorriso mostrando seus dentes pequenos.

"Por quê?" perguntei curioso.

"Por causa de um livro."

Ele me entregou o livro na semana seguinte.

Le Petit Prince, de Antoine Saint-Exupéry, um francês. O terceiro livro mais traduzido do mundo.*

O Pequeno Príncipe é um livro pequeno, de poucas páginas e algumas gravuras, porém muita filosofia – acho que filosofias o suficiente para não conseguir notá-las naquela idade.

Porque no dia em que recebi o livro, não consegui estudar. Não consegui almoçar, e minha mãe se preocupou. Eu só sabia ler e pensar porque Louis o entregou para mim.

Porque aquele livro era tão especial.

Acho que quando os livros são muito bons, eles têm significados diferentes para cada um de nós. Para mim, aquele livro significava Courtney.

"Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer."

Não sei dizer o motivo dessa frase ser a que mais me faz lembrar dele. Talvez, seja porque é um mistério para mim como ele conseguiu mexer tanto comigo com tão pouco tempo. Porque é um mistério todas as suas vontades. Por que é um mistério como ele sempre consegue responder os meus porquês. É um mistério como sua risada contagiava meu humor e abaixava meu nível de cortisol, deixando-me contente por nada.

Para ser sincero, acho que é porque eu já havia parado de escutar outras as pessoas e começado a ouvir minha própria voz, mas não ousava desobedecer a de Louis por algum motivo.

Não o jogue fora, ele me disse.

E eu não joguei.

Eu fiquei com o livro e estou com ele até hoje, admirando as passagens de tempo em tempo, quando quero matar as saudades.

"Minha parte preferida é quando ele conversa com a raposa." Ele me contou.

Na hora, eu não entendi. A história do pequeno livro era sobre o garoto que conhecia o príncipe no deserto da África. A raposa, uma das personagens que aparecem no decorrer do enredo, ensina para o pequeno príncipe as coisas belas sobre a amizade – Louis me explicou – e no final, ele diz para o amigo os mesmos ensinamentos da raposa. Lindo, não? Ele ensina que a amizade é eterna independente de tudo.

Nossa amizade está sendo eterna até então.

Até o dia em que fizemos amor pela primeira vez.

Não pare, ele me disse.

E eu não parei.

Eu fui mais fundo, e o nosso suor se misturava com os sons graves de nosso prazer.

Não sei explicar qual é a sensação de acordar e ver Louis despido ao seu lado, com as cobertas tampando suas costas, sua respiração batendo no travesseiro. Não sei explicar como é ótimo tomar banho com a sua presença, ou como é maravilhoso apenas sentar do seu lado na varanda e ver o sol se pôr com calma, porque minha mãe não está em casa para paparicá-lo.

O sol se pôs levando junto nossa tarde, dando espaço para lua subir com nossos sonhos.

"O que você está sentindo agora?" Ele perguntou, com a voz um pouco cansada. Suas mãos se pousaram nas minhas, quentes, e pareciam esfriar meu coração bobo. Eu não consegui olhar para ele antes de responder. O sol deixava o céu laranja, e coloria seus olhos com emoções que eu desconhecia.

A paz ponderou meu coração, e eu, em algum instante, me senti melhor do que já havia me sentido em toda minha vida.

"Eu estou bem."

"Isso é bom." Ele concluiu. "Eu também estou bem."

A semana seguinte foi sua última dezena de dias.

Não chore, ele disse.

E eu não chorei.

No mínimo, não na frente dele.

Ele ficou mais carinhoso todos esses dias. Nós dormíamos um na casa do outro, fingindo acreditar que isso iria deixar o tempo mais dócil. Mais fácil de lidar. Nós nos abraçamos mais vezes, beijamos mais vezes. Foi a primeira vez em que eu realmente me despedi de alguém.

Na sua última semana, eu detestei o pequeno príncipe.

Palavras são coisas estranhas. Você pode passar o sentimento que quiser pela escrita, mas nunca conseguirá transcrever tudo que está sentindo. Eu nunca vou saber escrever o quanto eu odiei aquele livro por falar de uma amizade que não durou, e ambos sabiam disso. Eu nunca vou conseguir escrever sobre o pequeno príncipe sem usar a caneta com mais força. Vocês nunca vão conseguir entender, porque nunca vão conseguir ler com a entonação exata em que eu escrevi.

Ninguém conseguiria.

Quando comecei a detestar o pequeno príncipe, tinha vontade de rasgar o livro toda hora. Hoje ainda tenho um pouco dessa vontade, mas me sinto bem por isso. É uma vontade só minha.

O pequeno príncipe deixou a raposa e o amigo, e Louis estava deixando a mim e ao meu coração.

Todo mundo sabia que o pequeno príncipe tem que ir embora ao final.

E ainda assim, ninguém foi capaz de segurar suas lágrimas quando ele foi.

Nem mesmo Louis. E no dia, eu lhe perguntei o último porquê. Ele não me respondeu. Ele apenas sorriu, e me abraçou tão forte que meu coração quebrou pelo contato. Então ocorreu-me a ideia, a resposta, a verdade.

Louis não queria ir, Louis precisava ir. Sua mãe achava conveniente trazer o filho para Inglaterra por um tempo e depois devolvê-lo ao pai na Bélgica. Ele estava escutando sua mãe, obedecendo ao seu pai, e me deixando para trás com um livro de 93 páginas, um coração partido e algumas lágrimas guardadas. Acho que no fim, ele era um pouco como eu.

Se isso me fez gostar mais dele ou não, eu ainda não sei dizer.

Ele sorriu, ainda no abraço.

Não morra, ele me disse.

E eu não morri.

No mínimo, não por fora. No mínimo, não até o dia em que eu o vir de novo.

Por que eu quero vê-lo, e essa é minha maior vontade. Eu quero ouvir sua risada novamente e ser expulso da aula por causa disso. Quero ver minha mãe abraçar um menino que fazia coisas impensáveis na cama. Quero devolver o livro que odeio, e provar para o amigo que o pequeno príncipe pode não voltar, mas ele ainda poderia vê-lo em um lugar diferente.

Um lugar que não é a Inglaterra.

Por que eu quero agradecer. Agradecê-lo por me amar alguns dias, e me abraçar. Agradecer por me mostrar o seu livro francês preferido e por me dar segurança. E os meus maiores medos, seja eles quais forem, eu vou enfrentá-los com Louis.

E então sentir de novo o abraço que a falta faz meu corpo gelar. O abraço dele. E eu sentiria meu coração pulsar de novo por ele.

Ele, Louis Courtney, o meu pequeno Príncipe.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.