Zeref conseguia sentir seus pensamentos se contradizendo. A maldição continuava a devorar sua sanidade, ou pelo menos o que restava dela depois de todos aqueles anos. Ele deveria usar o pouco de tempo que ainda lhe restava para avisar Natsu e talvez, apenas talvez, mostrar que nem tudo o que aconteceu foi por sua vontade.

E assim a última carta surgiu.

Para o Dragon Slayer de fogo,

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Do Imperador Spriggan.

Por favor não estranhe, mas essa pode ser a última carta que eu me encontro em condições de escrever. Eu esporo conseguir me segurar ao último fio da minha sanidade pelo menos até que eu termine de escrevê-la.

O único tópico restante agora é a minha maldição. A maldição de contradição de Ankhseram. Mavis deve ter contado a você (e a seus companheiros de guilda) sobre ela. Quanto mais um ama, mais vidas aquele um vai tirar.

Desculpe dizer isso, mas matar sem intenção é apenas o primeiro estágio. As coisas só pioraram com o tempo. Eu ganhei uma segunda personalidade com o passar dos anos, um lado que desejava destruição e queria aniquilar todos os humanos (isso soa familiar? Eu acho que sim). E sim, esse lado “rejeitado” é aquele que decidiu lançar um ataque a Ishgar, não o lado bondoso, que é o real eu.

Então,meus próprios pensamentos se tornaram contradições. Eu nem mesmo sei mais o que quero! Eu quero morrer? Ou matar? Te ver ou te destruir?

Mas veja, o verdadeiro problema é essa dupla personalidade. Na realidade, eu odeio matar e violência. O Zeref original é um belo rocanbolezinho* que não faria mal a uma mosca.

Por favor, irmão, não há muito tempo antes que minha sanidade desapareça por completo. Eu imploro, me pare antes que o lado “rejeitado” se torne aquele no controle.

Eu sei que suas mãos estarão maculadas depois disso, mas o mundo será protegido. E também, eu finalmente poderei descansar.