Nossa Canção

Capítulo 19


Os pais do Edward nos esperava na porta de entrada, pelo menos eu acho que era, porque esse lugar deve ter milhares de portas. Eu tinha razão, eles eram mesmo muito bonitos, deuses até. Como alguém pode ser tão lindo assim? Está explicado a fonte de tanta beleza que Rose e Edward tiveram.

— Ainda podemos dar a meia volta? - Sussurro para Edward.

— Não seja absurda – Não vejo um pingo de humor em sua voz. Tudo bem, depois conversamos sobre isso. O momento temido foi chegado, nos aproximamos o suficiente para que eles chegassem até nós.

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— Finalmente chegaram – Disse a mãe dele e já foi puxando o Edward para um abraço. Senti-me invadindo o espaço e momento deles, então soltei a mão do Edward e me afastei um pouco.

— Oi mãe, senti saudades.

— Nem consigo te dizer o quanto senti sua falta. Essa casa fica tão vazia sem a bagunça de vocês três.

— Falando em três, cadê o Jazz?

— Está lá dentro com a Alice, ela deu um jeito no pé e ele não quer deixá-la sozinha – Que rapaz atencioso.

— Cachinhos dourados no comando – Diz Rose e corre para abraçar a mãe – Hei velhota, que saudades.

— Eu também – Sorri para ela. Os dois vai até o pai e dão um abraço em grupo, quase o derrubando, o que me fez soltar uma pequena risada. Foi uma má ideia, a atenção deles veio para mim.

— Mãe, gostaria de te apresentar a minha namorada. Esme, essa é a Bella. Bella, Esme – Dou um passo em sua direção e estendo a mão. Ela sorri para mim e aceita de bom agrado.

— Olá, Bella, é maravilhoso enfim te conhecer.

— Digo o mesmo, o Edward falou muito sobre você – Já tomei a intimidade e chamei de você. Julgue-me por isso.

— É bom saber que não sou tão esquecida assim.

— Mãe, não seja tão dramática – Rose revira os olhos.

— Bella, esse é meu pai, Carlisle – Diferente de Esme, ele me abraçou sem constrangimento nenhum. Ele parece muito com a Rose. Ou será que a Rose que deveria parecer demais com ele?

— É bom te conhecer, Carlisle – Digo.

— Seja bem-vinda. Que você venha para nunca mais ir embora – Sincero ele, não é? Gostei.

— Vamos entrando, o Jazz estava louco para que vocês chegassem – Adentrar aquela casa, se assim eu puder chamar, eu me senti em um mundo completamente diferente. É como se tudo aquilo fosse surreal, essa casa é linda demais para ser real. Uma linda casa para uma linda família, pensei.

Segui o pessoal até entrarmos em uma sala gigantesca, vi um casal sentado no sofá e deduzi ser o irmão do Edward e essa menina não sei que é. O Jazz, como Edward o chama, assim que nos viu, correu do seu lugar e se jogou nos braços de Edward. Os dois cambalearam para trás e acabaram caindo. Vendo a situação, Dior se jogou encima dos dois e logo a Rose fez o mesmo. Fiquei observando tudo do meu lugar e sorrindo comigo mesma.

— Vem tia – Dior me chama, mas recuso no mesmo instante.

— Ah não, muito obrigada – Sorriu sem graça.

— Veja bem, essa deve ser a Bella – Jazz vem correndo em minha direção e me abraça, senti meu corpo saindo do chão e ser girada no ar. Quando ele me soltou, tombei pro lado, mas o Edward me apoiou.

— Muito prazer em te conhecer, Bella – Fala com um sorriso de rasgar a cara, como se não tivesse feito alguma coisa.

— Digo o mesmo – Falo ainda recuperando o fôlego.

— Jazz, olha a liberdade com a menina – Diz a garota que ele estava com – Vai assustar a menina, e não faz nem meia hora que chegaram.

— Não, tudo bem, mesmo – Falo.

— Aliás, sou a Alice, esposa desse maluco ai – Faz gesto para que eu me aproxime. Abaixo-me perto dela e a mesma me dá um abraço de leve e um beijo na bochecha.

— Chega de constranger a visita, vamos para a mesa que o almoço está servido – Carlisle fala e todos o seguimos. Não vou nem te contar como me senti ao sentar na mesa que eles tem. Sabe aquela mesa enorme, com duas pontas para as pessoas importantes da casa sentar e as laterais cheias de cadeiras para os demais? Pois bem, é bem isso que estou vendo agora. A Esme pediu que servissem e umas quatro pessoas entraram na sala empurrando um carrinho com as bandejas.

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O cheiro estava divino e minha barriga roncou em resposta a isso. Todos estávamos comendo satisfeitos, uma conversa fluía de cada grupo e eu preferi ficar de fora, ainda não estava me sentindo muito à vontade.

— Bella – Jazz – que descobri se chamar Jasper – chamou minha atenção.

— O que você faz da vida?

— Ah, bom, eu sou Administradora Hospitalar.

— Que legal, eu já pensei em ser isso também. Até encontrar minha paixão, eu sou Ictiólogo – Meu coração perdeu uma batida ao ouvir isso.

— Você é Ictiólogo? Meu Deus, era o que eu queria ser desde pequena. Amo tubarões!

— Eu sei, eles são tão fascinantes – Trocamos um sorriso cúmplice.

— Mas já que você queria ser isso, por que optou por AH? - Pergunta Esme – Preferiu o dinheiro ao amor? - Meus olhos se abriram um pouco pela surpresa de suas palavras.

— Mãe – Edward a adverte como se já soubesse o que ela estava tentando fazer.

— Só estou fazendo uma pergunta, é comum as pessoas fazerem esse tipo de escolha – Deu de ombros.

— Na verdade, Esme, eu só não me formei nessa área porque tenho medo de mergulhar. Se não fosse por isso, hoje seria uma Ictióloga – Tentei não ser grossa. Talvez eu tenha visto coisa onde não tem. Espero!

— Ah sim – Fala com compreensão – O que te fez ter medo?

— Bom, duas vezes ia morrendo afoga, sempre fui uma menina muito “afoita”, gostava de testar meus limites nas profundezas do mar, quando ia à praia. Até que meu limite foi por água a baixo e quase me afoguei. Desde então, peguei abuso de praias, mares e etc.

— Caramba, que loucura Bella – Diz Alice – Não sei como consegue, porque eu amo praia – Sorri.

— Não tem nenhum problema eu ir à praia, desde que eu não entre na água – Riram.

— Eu sei bem como é isso – Diz Dior – Eu tenho tanto abuso da escola, peguei abuso igual você, tia Bella. Mas vejam só, tenho que enfrentar meu medo – Faz cara de orgulhoso e rimos.

— Você é o menino mais bravo que conheço – Digo e ele sorri.

— Vó, a tia Bella é incrível, eu adoro ela – Com essa eu tive que baixar a cabeça para que não vissem meu rosto em brasa.

— Deve ser mesmo, ele até esquece que tem mãe – Rose volta ao assunto de mais cedo.

— Gente, para – Murmuro – Ele te ama, Rose. Jamais te trocaria – Todos ficam me olhando e busco uma saída – Se não se importam, eu gostaria de ir ao banheiro.

— Eu te levo até lá – Rose vem até meu lado e seguimos escada à cima juntas.

— Aqui está, eu vou até meu quarto pegar uma coisa e já volto para te buscar. Não saia daqui.

— Pode deixar – Fecho a porta e a primeira coisa que faço e soltar uma grande lufada de ar, como se esse tempo todo eu não estivesse respirando. Jogo um pouco de água no meu rosto e seco cuidadosamente. Acabo tomando um pouco de água para ver se paro de tremer, uma coisa que eu também não tinha notado que fazia. Resolvo fazer o que vim mesmo fazer e escuto uma batida na porta.

— Já estou saindo, Rose – Subo a calça as pressas e lavo as mãos. Empaco na porta ao ver a mãe do Edward para bem a minha frente – Ah, oi Esme – Digo confusa.

— Só vim ver se precisava de alguma coisa – Seu sorriso era um pouco perturbador. Só não sei ainda se de um jeito agradável ou ruim.

— Não, eu só estou esperando a Rose voltar para descermos. Acho que ela pensa que posso me perder – Tento fazer piada, mas ela não parece rir muito. Fica me olhando, na verdade, penso que analisando, e então seu sorriso desaparece.

— O Edward é um homem maravilhoso, merece muito ser feliz e sabe que, eu por ser mãe dele, vou fazer de tudo para não vê-lo machucado ou enganado, certo? - Senti um calafrio com a forma que ela falou.

— A… acho que sim – Gaguejo de nervoso.

— É bom que tenha certeza e que faça uma boa escolha – Dito isso, continuou me olhando penetradamente.

— Tudo bem por aqui? - Dou um pequeno salto ao ouvir a voz da Rose perto de nós. Olho para ela e a mesma tem um olhar curioso.

— Sim, eu só estava tendo uma pequena conversa com a Bella – Esme tem seu sorriso novamente.

— Sei… - Rose ainda fica desconfiada, mas ignora – Então, terminou, Bella?

— Sim, vamos – Ela passa o braço pelo meu e descemos juntas. Ao sentar na mesa, meu apetite parecia que só existiu na pré-história e já estava mais que extinto. Meu estômago não está legal, me sinto doente, agora de verdade. Bebo um grande gole do vinho e o mesmo desce queimando. Respiro fundo e percebo que estão todos me olhando.

— Perdi algo? - Falo.

— Eu perguntei se você gosta de moda – Alice me olha como quem quer muito me fazer gostar caso eu não goste.

— Bom, eu não sei bem dizer…. - Vou formulando uma resposta qualquer enquanto meu cérebro não raciocina em seu normal.

Nunca me senti tão aliviada e feliz por estar trancada em um quarto como estou agora. A noite era fria quando chegou, então, cancelamos o programa que tínhamos para fazer lá fora e acabou que cada um tomou seu rumo e aqui estou eu.

Inventei uma desculpa de que estava com uma dor de cabeça horrível e muito cansada. O Edward falou para eu vir para o quarto, mas nem fez menção de me acompanhar.

Sinceramente não sei o que deu nele, estávamos tão bem e de repente, pow, ele começa a agir assim. Só pode ser bipolar!

Para descansar e relaxar, resolvo tomar um banho quente, coloco meu pijama de moletom e deito na cama aconchegante e macia. Senhor, preciso de uma cama dessa. Mas, também, deve custar meu corpo todo no mercado negro. Aliás, quanto será que custa meu corpo todo no mercado negro?

Essa cama é mesmo grande, gostaria de ter trazido o T-Rex comigo!

Nesse mesmo instante, escuto a porta abrir e pelo cheiro e pela presença, eu já sei que é o Edward. Ele anda até o banheiro e logo fecha a porta, escuto o chuveiro ligar e fico prestando atenção ao som da água.

Acho que acabei cochilando, pois quando abri meus olhos, estava virada de frente para o Edward e ele me encarava. Tentou disfarçar ao perceber que foi pego, mas segurei seu rosto e fiz com que continuasse me olhando.

— Oi, senti sua falta – Murmuro mas ele não responde – O que foi que houve? Você está assim o dia todo, mal falou comigo, o que foi que eu fiz?

— Você sabe muito bem – É tudo o que diz.

— Por favor, não banca o enigmático comigo que você sabe muito bem que sou lenta quando estou com sono.

— Ah Bella, não é nada. Esquece isso.

— Sabe que não vou deixar quieto até você me contar o que te deixou assim.

— Não é nada demais – Sinto a ironia em sua voz – Foi só o simples fato de que acordei no meio do voo e procurando pela minha namorada, que misteriosamente tinha sumido do meu lado, e a encontro abraçada com outro homem. Imagino se ela estava se aproveitando do meu sono e até perdi alguma coisa.

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— Não seja absurdo – Levanto imediatamente – Do que você está falando, é do James? - Pelo seu olhar, sei que acertei – Pelo amor de Deus, homem, James é só um grande amigo meu, apenas isso. Eu estava no meu lugar e não conseguia dormir. Para não ficar virando de um lado para o outro e acabar atrapalhando o seu sono, o James também não conseguia dormir e nos juntamos para conversar. Eu abracei ele? Sim, abracei. Mas um abraço inocente, somos amigos, melhores amigos de longa data, estávamos com saudades um do outro…

— E precisa desse abraça, abraça, beija, beija todo?

— Não tem nada de abraça, abraça, beija, beija. Para com isso – Agora estamos sentados, um de frente pro outro e sussurrando para não fazer barulho.

— Imagine se tivesse… - Deixou a frase morrer. Com todo o calmante que eu tinha dentro de mim, o que não era muito, respirei fundo e soltei lentamente antes de responder.

— Eu não quero brigar com você, ok. Estamos na casa dos seus pais, seria a coisa mais ridícula do mundo passarmos esses dias aqui com cara emburrada por causa de besteira. Eu não vou te pedir desculpas, Edward, porque eu não estava fazendo nenhuma besteira, apenas conversando com meu amigo de longa data. Ponto! Agora, se você quer que eu peça desculpa insincera, tudo bem, eu peço – Ele respira fundo e me olha longamente.

— Não precisa pedir desculpas, eu sei que não estava fazendo nada demais. Eu é que estou me equivocando.

— Que bom – Suspiro aliviada – Odeio pedir desculpas, ainda mais quando não são sinceras – Ele acaba rindo.

— Vem cá, meu bobão ciumento. Me dá um beijo e vem dormir agarradinho comigo – O puxo para um beijo e logo deito sua cabeça em meu peito e fico fazendo cafuné.

— Meu bobão – Sussurro para ele.

— Minha maluquinha – Sussurra de volta e beija o vão do meu pescoço.

Senti uma claridade horrível em meus olhos e virei para o outro lado. Dei-me conta de que estava em local desconhecido e não posso me dar ao luxo de dormir mais que os próprios donos da casa.

Fui despertando lentamente e ao abrir meus olhos, quase tive um ataque cardíaco. Esme estava parada a minha frente, com uma roupa diferente do que estou acostumada a ver e segurava uma corda. O que é isso agora, ela vai me prender?

— Bom dia, Bella – Sorri de um jeito bem animado – Vim te acordar, está um dia lindo e temos muito o que fazer.

— Como assim? - Não sei do que ela está falando. Ela ri e me olha como se eu fosse uma retardada.

— Qual é, Bella, estamos em uma fazenda. Há sempre o que fazer – Tirou o lençol de cima de mim, sorte a minha estar vestida, e colocou as mãos na cintura – E vamos começar pelo ordenhamento da vaca – Senhor, do que essa mulher está falando?