O Belo e a Fela

Capítulo 4


Capítulo 4


Apesar de tudo, a Fera ficou agradecida com os cuidados de Belo. Por isso, no dia seguinte, mostrou a ele sua imensa biblioteca... de gibis. O queixo do garoto caiu:

_Uau! A coleção completa do Plíncipe Valentão! E os gibis do Flecha Golda, que eu nunca consegui achar.

_Claro! Menina também gosta de gibis.

_Você é a menina mais legal que eu conheço. Tão difelente...

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E a amizade finalmente surgiu entre eles. Liam juntos, jogavam bolinha de gude e bafo (embora os criados reclamassem, porque o castelo tremia com as patadas da patroa), lanchavam juntos (quando conseguiam tirar a comida de Madame Samogali) e brincavam na neve. Claro que nem tudo ia na mais santa paz... Belo adorava fazer bonecos de neve com a cara da Fera, e vivia bolando planos com Casquiére pra roubar o coelhinho \"encaldido\" dela – que sempre acabavam em pancadaria. Mas no geral, os dois se davam bem. Belo também ficou muito amigo dos outros meninos transformados em objetos no castelo, que, se o achavam esquisito, pelo menos não diziam nada. Exceto pelas coelhadas, a verdade era que ele se sentia mais feliz ali do que era na aldeia.

Por outro lado, Fera estava preocupada. O cacto já estava quase careca, e nada de Belo declarar pra ela pelo menos a sua amizade (outra coisa seria querer demais). Preocupada, ela convocou seu \"estado maior\" para uma reunião particular:

_Eu já fiz de tudo para aquele ingrato gostar de mim... até tentei ignorar quando ele me chamou de gorducha e dentuça!

_Talvez não tenha ignorado o bastante.

_Bobagem, Casquiére. Deixar que Belo falte com o respeito não vai fazer ele gostar da patroa. Esse garoto é muito mal-educado!

_Não seja tão severa, Madame Samogali. Todo mundo tem as suas qualidades ocultas..._começou Horloginho.

_Ocultas?

_Escondidas, que ele não mostra.

_No caso dele devem estar muuito bem escondidas!

_CHEGA DE DISCUSSÃO!_ a Fera já estava cheia _O que interessa é: o que vamos fazer? Nosso prazo está se esgotando!

_NOSSO prazo?_indignou-se Casquiére _Quer dizer o SEU prazo! Foi sua alteza que começou tudo!

_É, mas a gente nunca estaria nessa encrenca se VOCÊ não tivesse provocado a princesa_lembrou Horloginho, deixando o castiçal envergonhado _Voltando ao assunto, acho que vossa alteza deveria conversar honestamente com ele, pra saber os seus verdadeiros sentimentos.

_Assim? De cara?_ Fera corou.

_Tá louco?_concordou Casquiére _O que é que ela vai dizer? Que gosta dele e que quer saber se ele gosta dela? Lógico que Belo não vai admitir nada! E nem eu, mesmo se ela não fosse Fera...

POU!! Quase foi esmagado com um soco.

_É... Acho que não é uma boa idéia... espere!_ o rosto de Madame Samogali se iluminou _Vamos dar uma festa! Com bastante comida, é claro.

Todo mundo revirou os olhos. Já estava demorando...Ela se irritou:

_Querem prestar atenção? A idéia de Horloginho é boa, mas precisa de uns ajustes. A gente pode dar uma festa bem bonita, todo mundo se diverte, e aí no embalo os dois conversam.

_Taí, gostei. A gente poderia dar um baile...

_Baile nada! A gente poderia dar uma balada, com bastante rock!_ Casquiére começou a tocar uma guitarra imaginária, mas a chaleira cortou seu barato:

_Que idéia! Vamos dar uma festa bem romântica, com jantar à luz de velas. Venha, princesa... _ e as duas se afastaram, fazendo planos.

Naquela mesma tarde, Belo foi intimado a tomar banho e se arrumar muito bem para a festinha à noite – claro, sob ameaça de coelhadas. Quanto à Fera, passou a tarde se arrumando com a ajuda das meninas. A festa quase terminou antes de começar, porque Samogali e Marina insistiram em fazer uma permanente na patroa. Quando viu a Fera de juba encaracolada, Belo quase morreu de rir e não escapou de um olho roxo. O que salvou a festa foi que depois a Fera se viu no espelho e acabou rindo também.

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Depois que fizeram as pazes, tiveram um jantar à luz de velas com som de violinos. Contra a expectativa das meninas, não poderia ser menos romântico: os dois não sabiam o que dizer um para o outro e Belo começou a resmungar que mal podia ver o que estava comendo por causa das velas. Se bem que, levando em conta a comida, não havia muito o que ver, e muito menos o que comer. Embora o cozinheiro insistisse que era a mais fina comida francesa, na verdade não passava de uns picadinhos com uns caldos esquisitos.

_Não está indo muito bem... _ sussurrou Horloginho ao ouvido de Madame Samogali.

_Bobagem _ iludia-se a chaleira, comendo um sanduíche (que não fora incluído no menu)_Espere só mais um pouquinho...

IIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNNCCCCCHHHHHH!!!!!! Um guincho horrível fez todos pularem da mesa. Alguns copos (normais, felizmente, não vivos) chegaram a rachar.

_Que balulho holível é esse? Palece alguém alanhando um quadlo-neglo!


_Parece que estão torturando um gato, isso sim!_ Fera se virou, toda arrepiada, e viu Titi, o cabide, tocando um violino atrás dele _O que está fazendo com esse violino?

_Ué ! Estou contribuindo para o climinha romântico. Jantar à luz de velas que se preze tem que ter música de violino!_ e começou a tocar de novo, fazendo todos taparem os ouvidos.

Aquela foi a gota d´água.

_CHEEEEGAAAAAAA!!!!!! EU NÃO AGUENTO MAIS! _ Fera agarrou o violine e CRÁS! esborrachou-o na cabeça do Titi _Essa idéia foi péssima desde o início.

_Se me pelguntassem, eu telia dito logo. _Belo concordou imediatamente, cortando os protestos balbuciados de Madame Samogali.

_Casquiére! _Fera se empertigou,assumindo sua posição de princesa.

_Sim, Alteza?_ o castiçal fez continência, meio que adivinhando o que ela ia dizer.

_Reúna a sua banda de rock. _ enquanto o criado partia, feliz da vida, um ronco no estômago lembrou a princesinha de outra coisa. Olhou para a chaleira e viu que ela mastigava um sanduíche - que não havia sido incluído no cardápio. Pega em flagrante, Madame engoliu rápido o resto do sanduíche, mas era tarde demais.

_Madame Samogaliiiiii?

_Sim, Alteza? _ a chaleira sorriu amarelo.

Apesar dos protestos chorosos de Madame, a mesa foi novamente posta, agora com o resto dos sanduíches (milagrosamente, ainda havia bastante) e os melhores doces da despensa. Finalmente, Belo e a Fera comeram até ficar satisfeitos. Depois, Casquiére armou a banda de rock com os outros meninos e todo mundo caiu na dança: até mesmo Madame se animou e (quase) esqueceu a \"perda\" de seus amados sanduíches.

Depois do baile, cansados e contentes, o Belo e a Fera foram conversar no jardim.

_Adolo este lugar. Nem sinto mais saudades de casa.

_É mesmo?_ a princesinha enfeitiçada derreteu-se toda, mas depois percebeu que ele estava meio pensativo.Talvez não estivesse sendo totalmente sincero.

_Tem certeza de que não sente saudades de casa? Do seu irmão, ou de... (glup) mais alguém?

_Bom, mais ou menos... às vezes sinto falta do meu cacholo, o Floquinho. E ia ter um joguinho de futebol de botão na aldeia que eu não vou poder assistir.

_Por isso não. _ a Fera conduziu Belo ao seu quarto e mostrou-lhe o espelho _Este espelho mágico pode mostrar qualquer coisa. Eu uso isso pra assistir a novela, mas pode pegar.

_Uau! Imagine se o Flanjinha visse isso! Ia ficar maluco!

Com a menção do nome de Franjinha, o espelho brilhou. Em vez de mostrar o campeonato, apareceu o inventor, tremendo de frio na neve.

_Essa não. Ele deve ter tentado voltar pla me salvar e se peldeu de novo. E agola?

_Vá salva-lo, ué.

_Você quer dizer que estou livle?

_Não, bobinho, quero dizer pra deixar seu irmão morrer de frio. Anda logo - e leva o espelho pra servir de guia e não se perder também.

_Você é um amor! _ sem pensar, Belo deu um beijinho na face da Fera e saiu correndo antes que ela mudasse de idéia:

_Blalgh! Minha boca encheu de pêlo!

Depois que ele saiu, os \"três mosqueteiros\" entraram no quarto, seguidos de perto pelo resto da criadagem ansiosa.

_E aí, como foi? _Samogali quis saber .

_Eu deixei ele ir embora.

_C-COMO É QUE É? _horror geral.

_Eu... percebi que não poderia mais prendê-lo aqui. Não era justo. Belo tem uma família lá fora, pessoas que precisam dele._ enxugou uma lágrima _ Ele nunca seria feliz aqui comigo. Vocês entendem, né? Pessoal? _ Fera não estava gostando da maneira como seus empregados olhavam pra ela.

_Depois de todo esse trabalho... Grrr...

_Você me paga!

_Pessoal, o que é isso? Vocês têm de me respeitar, eu sou a sua princesa... Aaaaaiii, socorro!!!_ a Fera saiu correndo.

_PEEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAA!!!!!!!


****

Pouco mais tarde, na aldeia...

_AAAATCHIIIIMMM!!! _ Franjinha tremia, com os pés mergulhados num balde de água quente.

_Saúde!

_Ela deixou você ir embora? Conta outra.

_Ela não é luim... _ ia explicando o garoto, mas bateram na porta. Era uma figura alta, toda de preto, com um capuz que só mostrava os olhos grandes e a boca. A peruca de Belo voou longe com o susto:

_UUUAAAAIIII!!! Eu sou muito novo pla moler! _ quis sair correndo mas a sinistra visitante agarrou-o pelo macacão _Me lalga!

_Calma. Eu não vim buscar você. Estou atrás do seu irmão.

_O quê? Você quer dizer que o Flanjinha vai mol... Mas ele não palece tão doente assim!

_Não. _replicou Dona Morte pacientemente _ É que eu estou fazendo uma pontinha neste fanfic como Madame Darko, diretora do hospício da aldeia. _ mostrou a carroça do asilo e Penadinho, Zé Vampir e Muminho vestidos de funcionários. Zé Vampir resmungava alguma coisa sobre aquelas pontas idiotas que eles eram obrigados a fazer em paródias. Sem falar, claro, nos aldeões segurando tochas, que não podiam faltar.

_Hospício?

Não tiveram muito tempo pra discutir, pois naquele instante Penadinho, Muminho e Zé Vampir, agarraram Franjinha e começaram a arrastá-lo para a carroça. Belo começou a protestar, mas Penadinho ainda o advertiu:

_É melhor ficar quieto, senão é capaz de você vir também. Parece que ninguém aqui vai com a sua cara. _ indicou os olhares hostis dos aldeões. Apenas uma menininha parecia ter pena dos dois infelizes irmãos:

_Pobre Belinho... _ela murmurou, com um falso olhar doce _Que desgraça...

_Gastoninha! _ Belo apontou o dedo para ela, furioso _ Foi você que almou isso tudo, não foi?

Ela fez cara de inocente:
_Eu? O que uma menininha fofinha e bonitinha como eu poderia fazer? Mas é claro que eu posso ajudar - se você prometer casar comigo, é claro.

_Eu acho que a louca aqui é você!

BONC! Gastoninha deu um cascudo na cabeça dele. E antes que Belo se recuperasse da pancada, ela começou a gritar:

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_Socorro! Ele também ficou louco! Me ajudem!

A multidão avançou na direção de Belo. O garoto engoliu em seco e recuou contra a parede. Foi quando se lembrou que ainda tinha o espelho no bolso:

_E...espelem! Eu posso plovar que não somos loucos! Espelho, me mostle a Fela!

O espelho brilhou em sua mão. Belo virou-o na direção da turba.

OOOHHH!!! As pessoas gritavam, horrorizadas.

_Que coisa horrível!

_Argh!

_Que indecente! Não olha não, minha filha!

_Indecente? _Belo olhou a imagem que havia aparecido e ficou vermelho como um pimentão novo. A Fera estava lendo gibi no banheiro, com a saia arregaçada. Rapidamente, ele guardou o espelho.

_Hehehe... foi mal. Mas deu pla ver que ela existe, né?

_Ela é pirigosa? _ quis saber Rosinha, uma das aldeãs.

_Que nada! É gente fina. Um pouco feia, mas tem a maior coleção de quadlinhos do mundo.

_Humpf! Até parece que gosta desta monstrinha. _ observou a despeitada Gastônia. Aquilo foi demais pro Belo:

_MONSTLINHA É VOCÊ, SUA MENTILOSA!

POF! Levou outro murro na cabeça. Quando voltou da tontura, estava esfregando um galo, e Gastoninha havia apanhado seu espelho.

_Ui! E eu que voltei aqui pla não apanhar mais...

_Vocês vão acreditar no que esse matusquela diz? Essa Fera vai arrasar a nossa aldeia!

Todo mundo fez oh! e ah! de novo. Trancaram Belo e Franjinha no porão e saíram, armados com espetos, facões e ancinhos. Isso é, não foi todo mundo, que as patroas de alguns não gostavam que os maridos ficassem fora até tarde, outros tinham que ajudar a lavar os pratos, etc, etc... Mesmo assim o número de pessoas que Gastoninha e Lifua conseguiram juntas pra atacar o castelo foi bem razoável.

Mas trancar um inventor no porão onde ele guarda suas ferramentas é o mesmo que amarrar cachorro com lingüiça. Num instante, Moriço já havia inventado um derrubador de portas; foi só o trabalho de montarem Filipo e voltarem correndo para o castelo. Quase foram atropelados pelos aldeões que voltavam, depois de terem levado uma surra dos empregados do castelo. Bidu (o banquinho azul) ainda estava mordendo o bumbum de Nimbus.

_Onde está Gastoninha? Uma menina de vestido velmelho?

_Ela desafiou a ama para um duelo no alto da torre! _ disse Madame Samogali.

_Essa não! Tenho que ir lá deplessa!

_Qual é o problema? Aquela menininha não é páreo pra nossa ama.

_Aí é que você se engana, castiçal. _ disse Franjinha _Gastoninha não é só a menina mais bonita da aldeia, ela também é a mais forte!

Gastoninha podia ser a menina mais forte da aldeia, mas mesmo assim não era páreo para a Fera e seu terrível coelhinho. E na verdade, já nem estava mais tão bonita, com um olho roxo e a cabeça cheia de galos.

_P-Por favor! Eu não fiz por mal! Foi só brincadeira!_chorava.

_Brincadeira? Você invade a minha casa e tenta me jogar lá embaixo? Acha que eu sou idiota?

_M-Me perdoe... eu só estava com ciúme. Se você me poupar, serei sua melhor amiga.

_Uuuugh, também não precisa tanto. Tá, pode ir embora.

_Mesmo? Oh, muito obrigada...

_FELA!!!_ naquele instante Belo entrou correndo e quase esbarrou na princesa _Gastoninha machucou você? _ era até engraçado ele perguntar isso, já que a Gastoninha era a única ali que parecia machucada. A moreninha naturalmente, ficou furiosa, mas nenhum dos dois percebeu, pois estavam muito \"ocupados\".

_Não, Belo. Mas eu não sabia que se preocupava tanto assim comigo...

O camponesinho caiu em si e olhou o chão, envergonhado:

_Bom, eu... hã...

Naquele momento romântico, nenhum dos dois viu Gastoninha avançar, babando de raiva, segurando uma imensa pedra que se soltara do terraço, na briga:

_GRRRRRRRR!!!!! Vocês me pagam!

CRÁS! Quebrou a pedra na cabeça da rival. Belo ficou horrorizado:

_Por que fez isso? Ela poupou a sua vida!

_E daí? _a morena deu um sorriso mau _Agora você casa comigo ou eu... _ não terminou de falar, porque ouviu um rosnado e logo em seguida...

_AAAAAAAAAIIIIIIIIIIII!!!

Bidu, revoltado com aquela ingratidão, havia chegado de fininho por trás da menina e deu-lhe uma valente mordida. Com a dor, Gastoninha deu um pulo; como estava perto da amurada, perdeu o equilíbrio e caiu lá embaixo.

_SOCORROOO!!!

_Gastoninha!! _ Belo debruçou-se na amurada, assustado. Horloginho mergulhou para salvá-la. Gastoninha se agarrou a ele, porém se irritou ao ver que estavam descendo em vez de voltar à torre.

_Suba lá, estou mandando! Eu vou acabar com aqueles dois!

_Você não está arrependida do que fez?

_Só pode estar de gozação! Me leve lá pra cima, já disse! _ e tentou bater nele.Indignado, o anjinho soltou a menina no fosso. Afinal, já estavam bem baixo mesmo, e ela não iria se machucar.

PLOCH!

_Argh! Isto não é água, é lama!

_Eu a coloquei de propósito, menina malvada! _disse uma voz. Era a fada!_Porque de agora em diante, você vai ser uma porquinha, até aprender a tratar bem os outros.

Gastoninha-porca começou a chorar. Os outros assistiam a cena lá de cima.

_Acho que ela parece bem mais bonitinha agora. _comentou Casquiére, recebendo de Cascuda um olhar feio.

_Um grito de Belo fez os outros se voltarem. O garoto estava desesperado, tentando reanimar a Fera.

_Não consigo acoldá-la!

_Oh não!

_Selá que ela... ela mol... _ o pensamento de perder a melhor amiga encheu os olhos do garoto de lágrimas.

_Belo, você está chorando por causa desse...monstro?_ admirou-se Franjinha.

_Ela não é monstlo, já disse! É a minha melhor amiga e eu gosto muito dela!

Ao dizer isso, o corpo da Fera começou a brilhar. Ele se ergueu no ar, começou a girar como um pião, causando um vento forte.

_Minha peluca!

E então... PUF! No lugar da monstrinha peluda, apareceu uma lin... isso é, uma simpática menininha dentuça, que caiu bem em cima do seu salvador.

_O que aconteceu? Me sinto tonta!

_Não é pla menos! Sai de cima de mim!

Depois de tudo explicado, a princesa Mônica (ex-Fera) resolveu dar outra festa, desta vez para celebrar o fim do feitiço. Belo e Franjinha passariam a viver no castelo agora, e o heroizinho casaria com a princesa quando tivessem mais idade.

_ E aí, Belo, o que acha de mim agora?

_Nada mau, na veldade. Pena que...

_Que o quê?_ ela já foi olhando feio.

_Acho que a fada esqueceu de destlanformar os seus dentões.

Furiosa, a princesa sacou o coelhinho do bolso:

_Eu vou te mostrar quem tem dentões, seu...

Belo que não era bobo, já estava correndo:

_Mas como é que eu ia saber que os seus dentes elam assim mesmo?

E os dois saíram correndo pelo salão, sem ligar para os convidados que assistiam a cena, divertidos.

_Depois de tudo, esses dois não tomaram jeito. _ suspirou Horloginho.

Casquiére deu de ombros:

_Uma vez Fera, sempre Fera.


E eles viveram briguentos para sempre.

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.